Dados são divulgados pelo INE.
Os passageiros transportados nos aeroportos nacionais diminuíram 76,6% no quarto trimestre de 2020 face ao mesmo período de 2019, para 3,1 milhões, agravando a quebra face à descida de 71,5% do trimestre anterior, divulgou o Instituto Nacional de Estatística (INE), esta terça-feira.
Segundo o INE, também o transporte de passageiros por comboio e por metropolitano registou, de outubro a dezembro, maiores decréscimos face ao trimestre anterior (-42,3% e -54,7% face a -40,3% e -51,3% no terceiro trimestre de 2020), com totais de 28,3 e de 33,5 milhões de passageiros movimentados, respetivamente.
Já o transporte de passageiros por via fluvial diminuiu 48,4% (-36,8% no terceiro trimestre de 2020), atingindo 2,8 milhões de passageiros.
No que se refere ao transporte de mercadorias, por via aérea e ferroviária registou decréscimos menos acentuados comparativamente com o trimestre anterior: descida de 26,1% no transporte aéreo (-39,0% no terceiro trimestre de 2020), queda de 3,3% no transporte por ferrovia (-5,3% de julho a setembro).
Pelo contrário, o transporte por rodovia registou um decréscimo mais acentuado (-11,7%; -4,1% no terceiro trimestre), sendo que também por via marítima voltou a registar-se uma redução (-2,1%; +0,2% no terceiro trimestre de 2020).
De acordo com o INE, de outubro a dezembro, aterraram nos aeroportos nacionais 22,6 mil aeronaves em voos comerciais, o que representa uma queda homóloga de 56,4% (-52,9% no terceiro trimestre e -91,1% no segundo trimestre).
O volume de passageiros movimentados (embarques, desembarques e trânsitos diretos) nos aeroportos nacionais totalizou 3,1 milhões de passageiros, recuando 76,6% em relação ao trimestre homólogo (-71,5% no terceiro trimestre e -97,4% no segundo trimestre).
O movimento aéreo de carga e correio diminuiu 26,1%, totalizando 43,5 mil toneladas no último trimestre de 2020 (-39,0% no terceiro trimestre e -57,4% no segundo).
No quarto trimestre de 2020, o aeroporto de Lisboa foi responsável por 47,4% do movimento total de passageiros (1,5 milhões), tendo diminuído a sua expressão em 7,5 pontos percentuais face ao trimestre homólogo. O movimento de passageiros neste aeroporto decresceu 79,8% (-76,9% no terceiro trimestre e -97,1% no segundo).
O aeroporto do Porto registou o segundo maior volume de passageiros movimentados do país (24,0%, +1,2 pontos percentuais face ao período homólogo), atingindo 752 mil passageiros e representando um decréscimo de 75,4% (-64,2% e -97,5% nos terceiro e segundo trimestres de 2020).
Já no aeroporto de Faro o movimento foi de 375 mil passageiros (12,0% do total), menos 76,1% (-70,1% no terceiro trimestre e -98,8% no segundo), e nos aeroportos de Ponta Delgada e do Funchal os decréscimos foram de -64,7% e -67,5%, respetivamente (-65,1% e -69,4% no terceiro trimestre e -96,1% e -98,8% no segundo trimestre, pela mesma ordem).
De outubro a dezembro de 2020, o tráfego aéreo internacional diminuiu 78,9%, para 2,3 milhões passageiros (-73,2% no terceiro e -97,5% no segundo trimestre 2020), tendo concentrado 75,1% do tráfego total (83,0% no período homólogo). O peso do movimento internacional ascendeu a 90,2% em Faro, 84,9% no Porto e 84,0% em Lisboa.
"Analisando o número de aeronaves aterradas e o número de passageiros desembarcados diariamente no quarto trimestre de 2020, e comparando com o período homólogo, mantém-se visível o impacto da pandemia covid-19 e das medidas adotadas ao nível do espaço aéreo, com os valores diários no quarto trimestre de 2020 significativamente abaixo dos registados no período homólogo", nota o INE.
Analisando os países de origem e destino dos voos com passageiros, e tendo como base o número total de passageiros embarcados e desembarcados no trimestre em análise, verifica-se que, no último trimestre de 2020, a primeira posição coube à França, seguida da Alemanha e do Reino Unido, que inverteram as posições quando países de destino.
O Reino Unido continuou a registar os maiores decréscimos (-84,1% e -83,8%, respetivamente, enquanto país de origem e destino) e o Brasil surgiu como quarto principal país de destino dos passageiros embarcados no quarto trimestre.
No que respeita ao transporte ferroviário, acentuou também as quebras homólogas no último trimestre de 2020, com o transporte de passageiros por comboio a cair 42,3% (-40,3% no terceiro trimestre), para 28,3 milhões de passageiros movimentados.
No quarto trimestre de 2020 foram transportadas 2,2 milhões de toneladas de mercadorias por ferrovia, menos 3,3% (-5,3% no terceiro trimestre).
Já no transporte de passageiros por metropolitano, a quebra de outubro a dezembro foi de mais de metade: Com um total de 33,5 milhões de passageiros, o transporte por metropolitano diminuiu 54,7% (-51,3% no terceiro trimestre), destacando-se a diminuição de 58,8% no metropolitano de Lisboa, que transportou 20,5 milhões de passageiros (61,1% do total, -6,1 pontos percentuais).
O Metro do Porto foi utilizado por 10,2 milhões de passageiros e apresentou uma diminuição de 49,1%, enquanto o metro Sul do Tejo registou a menor redução (-33,9%), com o transporte de 2,9 milhões de passageiros.
Durante o quarto trimestre de 2020 entraram nos portos nacionais 3009 embarcações de comércio, o que corresponde a uma redução de 11,1% (-19,2% no terceiro trimestre, tendo a dimensão das embarcações entradas diminuído 32,7% (-22,8% no trimestre anterior), atingindo 45,6 milhões de GT (arqueação bruta).
O movimento de mercadorias nos portos registou 20,6 milhões de toneladas, menos 2,1% face ao período homólogo (+0,2% no terceiro trimestre), com o porto de Sines a registar o único aumento, de 10,0% face ao período homólogo (+20,9% no trimestre anterior), para 10,6 milhões de toneladas de mercadorias movimentadas (51,5% do total nacional).
Os restantes principais portos nacionais registaram reduções nas mercadorias movimentadas no quarto trimestre: quedas de 19,8% em Leixões, de 17,0% em Lisboa e de 13,5% em Aveiro (-23,1%, -17,8% e -6,4%, respetivamente, no terceiro trimestre).
Em queda no quarto trimestre de 2020 esteve também o transporte de passageiros por via fluvial, que diminuiu 48,4% (-36,8% no terceiro trimestre), para 2,8 milhões de passageiros, em "resultado das medidas tomadas no combate à pandemia covid-19".
O transporte de passageiros no rio Tejo decresceu 48,6%, movimentando 2,6 milhões de passageiros, após as reduções registadas desde o início do ano (-12,2%, -73,4% e -41,7%, respetivamente no primeiro, segundo e terceiro trimestres de 2020, respetivamente).
Também o transporte rodoviário de mercadorias manteve de outubro a dezembro a tendência decrescente registada ao longo de 2020, diminuindo 11,7%, para 33,8 milhões de toneladas (-4,1% no terceiro trimestre).
No último trimestre do ano passado assistiu-se ainda a uma "ligeira diminuição" da quantidade de gás transportada por gasoduto, quer na entrada (-3,0%; +0,3% no terceiro trimestre de 2020), quer na saída (-3,0%; +0,1% no terceiro trimestre de 2020).
O transporte de mercadorias por oleoduto acentuou a diminuição, recuando 32,4% (-28,8% no terceiro trimestre) e atingindo 516,4 mil toneladas.
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