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Movimento "Não TAP os Olhos" define greve como "autista"

O movimento apelou aos pilotos para que cancelem a greve.

24 de abril de 2015 às 17:19

O movimento "Não TAP os Olhos" mostrou-se, esta sexta-feira, "inequivocamente contra" a greve anunciada pelos pilotos da TAP entre 1 e 10 de maio, definindo-a como "autista" e representando uma "quebra de solidariedade"para com os restantes trabalhadores da empresa.

"O movimento «Não TAP os Olhos» apela a todos os pilotos do Grupo TAP para que cancelem esta greve, por ser inoportuna, politicamente suicida e que, sem descurar os seus direitos legítimos, se batam, isso sim, contra a privatização da empresa que, além de privar Portugal de um instrumento estratégico para a ligação do universo lusófono espalhado por vários continentes, seria ruinosa para a nossa economia e para o futuro dos trabalhadores da empresa", declara o movimento em nota divulgada esta sexta-feira.

Os pilotos, prossegue o movimento liderado pelo cineasta António-Pedro Vasconcelos, estão a "diabolizar o direito à greve", a colocar a opinião pública "contra os trabalhadores" da empresa e a reforçar a "desculpa" do Governo "para a urgência em vender a TAP a qualquer preço".

"Esta greve anunciada não é contra a privatização da TAP. Pelo contrário, é uma greve a favor de uma privatização que lhes permita retirar miríficos dividendos da privatização da companhia nacional, nomeadamente 10% a 20% das ações da empresa ou a devolução das diuturnidades suspensas pela Lei do Orçamento Geral do Estado", lê-se no texto.

O movimento "Não TAP os Olhos" realça ainda que o essencial, e o que tem sido feito nos "últimos meses", é denunciar de "forma séria, democrática e com o apoio incondicional da grande maioria dos portugueses" os "falsos argumentos e as verdadeiras intenções do Governo" com a privatização anunciada da transportadora.

Os pilotos da TAP marcaram uma greve, entre 1 e 10 de maio, por considerarem que o Governo não está a cumprir o acordo assinado em dezembro de 2014, nem um outro, estabelecido em 1999, que lhes dava direito a uma participação no capital da empresa no âmbito da privatização.

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