Vacina contra a varíola, antivirais e a imunoglobulina vaccinia (VIG) podem ser usados como prevenção e tratamento.
A transmissão do vírus Monkeypox pode ser interrompida na Europa, afirmou esta segunda-feira a Organização Mundial da Saúde (OMS), que regista menos de 200 casos confirmados e suspeitos em países não endémicos.
"Queremos parar a transmissão de pessoa para pessoa. Podemos fazer isso nos países não endémicos. Estamos numa situação em podemos usar as ferramentas de saúde púbica para uma rápida identificação e isolamento dos casos", adiantou Maria Van Kerkhove, especialista da OMS para área das doenças emergentes e zoonoses (doenças de animais que são transmissíveis ao homem).
Numa situação de esclarecimento sobre a Monkeypox, que já tem 37 casos confirmados em Portugal, a epidemiologista da OMS salientou ainda que, conforme a vigilância se vai intensificando, é expectável que mais casos de infeção sejam detetados, mas atualmente não chegam às duas centenas de confirmados e suspeitos na Europa e América do Norte.
"Estamos a falar de menos de 200 casos de casos confirmados e suspeitos até agora, mas isso pode mudar com o tempo", alertou Maria Van Kerkhove, ao reiterar que a situação atual é "controlável particularmente nos países que estão a assistir a surtos na Europa e na América do Norte".
De acordo com Rosamund Lewis, especialista em varíola do programa de emergências da OMS, esta não é uma doença nova, uma vez que têm sido detetados casos de infeção pelo menos há 40 anos e que tem ainda "sido bem estudada na região africana".
"Temos visto poucos casos na Europa nos últimos cinco anos e todos ligados a viajantes, mas esta é a primeira vez que estamos a ver casos em muitos países ao mesmo tempo em pessoas que não viajaram para as regiões endémicas de África", reconheceu Rosamund Lewis.
De acordo com a especialista, os dados conhecidos para já não permitem dizer que se registou uma mutação do vírus, mas está a ser recolhida mais informação através da sua sequenciação.
"São vírus que tendem a não mutar e são muito estáveis", salientou Rosamund Lewis.
O número de casos confirmados de Monkeypox subiu para 37 e estão distribuídos pelas regiões de Lisboa e Vale do Tejo, Norte e Algarve, anunciou esta segunda-feira a DGS, adiantando que os doentes estão "estáveis e em ambulatório".
A Direção-Geral da Saúde (DGS) adiantou, em comunicado, que foram confirmados mais 14 casos de infeção humana por vírus Monkeypox pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), o que fez aumentar para 37 o número total de casos confirmados até ao momento em Portugal.
Segundo a DGS, estão em curso os inquéritos epidemiológicos dos casos suspeitos que vão sendo detetados, com o objetivo de identificar cadeias de transmissão e potenciais novos casos e respetivos contactos.
O vírus Monkeypox foi descoberto pela primeira vez em 1958 quando dois surtos de uma doença semelhante à varíola ocorreram em colónias de macacos mantidos para investigação, refere o portal do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês).
O primeiro caso humano de infeção com o vírus Monkeypox foi registado em 1970 na República Democrática do Congo, durante um período de esforços redobrados para erradicar a varíola. Desde então, vários países da África Central e Ocidental reportaram casos.
Apesar de a doença não requerer uma terapêutica específica, a vacina contra a varíola, antivirais e a imunoglobulina vaccinia (VIG) podem ser usados como prevenção e tratamento para a Varíola dos Macacos.
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