Organização Mundial da Saúde tomou a mesma decisão em julho de 2022, quando uma epidemia de mpox se espalhou pelo mundo, suspendendo-a em maio de 2023.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou hoje que irá manter o estado de alerta em relação à epidemia de mpox, que está a afetar principalmente África, e pediu "apoio internacional contínuo".
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que a epidemia de mpox "continua a incluir-se nos critérios de uma emergência de saúde pública de interesse internacional" (USPPI), de acordo com um comunicado à imprensa.
Até ao ano passado, o USPPI era o nível de alerta mais alto para uma epidemia, de acordo com o Regulamento Sanitário Internacional (RSI), uma estrutura juridicamente vinculativa para os seus 196 Estados membros (os 194 Estados-membros da OMS, Liechtenstein e a Santa Sé), mas as emendas adotadas em junho de 2024 pelos países da Organização Mundial da Saúde introduziram um nível mais alto de alerta: o de "emergência devido a uma pandemia".
A decisão de manter o alerta face ao ressurgir do mpox foi tomada após a quarta reunião do Comité de Emergência do RSI, no passado dia 05.
Este comité, embora "reconhecendo o progresso feito na capacidade de resposta de alguns países", informou ao diretor-geral da OMS que a epidemia continuava a constituir uma USPPI, devido ao aumento contínuo do número de casos, inclusive recentemente na África Ocidental, e "à provável continuação da sua transmissão não detetada em alguns países além do continente africano", explica a organização internacional.
"As dificuldades operacionais persistentes" na resposta à epidemia, "incluindo vigilância e triagem, bem como a falta de financiamento, dificultam a priorização das intervenções e exigem apoio internacional contínuo", acrescenta a OMS.
O chefe da OMS declarou o USPPI a 14 de agosto de 2024 numa resposta à rápida disseminação da doença, da família da varíola, na África e, em particular, na República Democrática do Congo (RDCongo).
A OMS tomou a mesma decisão em julho de 2022, quando uma epidemia de mpox se espalhou pelo mundo, suspendendo-a em maio de 2023.
"Desde o início de 2024, mais de 37.000 casos confirmados de mpox foram relatados à OMS por 25 países, incluindo 125 mortes", disse o chefe da OMS ao comité de emergência na sexta-feira.
Só a RDCongo é responsável por 60% dos casos confirmados e 40% das mortes, seguida pelo Uganda, Burundi e Serra Leoa, que tem registado um aumento no número de casos desde o início do ano. Além dos casos confirmados, a República Democrática do Congo continua a ter entre 2.000 e 3.000 casos suspeitos por semana.
Desde a reunião anterior do comité, em fevereiro, outros sete países relataram surtos pela primeira vez: Albânia, Etiópia, Malaui, Macedónia do Norte, Sudão do Sul, Tanzânia e Togo, observou Tedros.
"Precisamos de vacinação estratégica e direcionada. E precisamos que todos os parceiros e doadores apoiem o plano estratégico global de preparação e resposta ao mpox, fornecendo os 147 milhões de dólares necessários", pediu o líder da OMS.
A epidemia de mpox causada por um vírus da mesma família da varíola, manifesta-se principalmente com febre alta e pelo aparecimento de lesões na pele conhecidas como vesículas.
Identificada pela primeira vez na República Democrática do Congo, em 1970 (então Zaire), a doença ficou por muito tempo confinada a cerca de dez países africanos.
O vírus, endémico há muito tempo na África Central, cruzou fronteiras em maio de 2022, quando o clado 2 se espalhou pelo mundo.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.