Ordem considera que tal medida não se justifica nesta fase quando ainda há centenas de enfermeiros desempregados.
A Ordem dos Enfermeiros manifestou-se esta segunda-feira contra a colocação de alunos de enfermagem nas Unidades de Saúde Pública a realizar inquéritos epidemiológicos, por considerar que tal medida não se justifica nesta fase, quando ainda há centenas de enfermeiros desempregados.
Em comunicado, a Ordem dos Enfermeiros (OE) faz esta segunda-feira referência a um inquérito que realizou nos últimos dias que mostra que há pelo menos 412 enfermeiros desempregados com disponibilidade imediata, dos quais 300 nunca foram contactados e cerca de 100 recusaram as atuais condições contratuais oferecidas pelas instituições, nomeadamente os contratos de apenas quatro meses, situação para a qual a OE tem vindo a alertar.
"A resposta à pandemia, nesta fase, não justifica que alunos pratiquem atos próprios de uma profissão regulamentada, praticando atos próprios de uma habilitação que ainda não detêm, e muito menos se admite que procurem soluções que permitam o exercício profissional em regime de voluntariado", defende a OE.
Na sexta-feira, a diretora-geral da Saúde anunciou que os alunos de enfermagem vão reforçar as equipas de saúde públicas na realização dos inquéritos epidemiológicos, para detetar "o mais rapidamente" possível os contactos próximos de doentes com covid-19, que receberão formação, numa primeira fase será dada pela Direção-Geral da Saúde e depois nos locais onde vão ajudar as equipas.
"Houve um contacto do Ministério da Saúde com o Ministério do Ensino Superior, para que através das escolas de enfermagem, nomeadamente os alunos dos últimos anos, acompanhados dos seus professores, possam fazer estágio junto destas unidades de saúde pública", avançou.
O anúncio de Graça Freitas foi feito na conferência de imprensa regular sobre a pandemia de covid-19, na qual foi questionada sobre o alerta da Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública de que no Norte e na região de Lisboa e Vale do Tejo os médicos já não conseguem conter as cadeias de transmissão por falta de recursos humanos.
A Ordem dos Enfermeiros considera que o atual contexto necessita de profissionais habilitados e preparados para assegurar e garantir a adequada resposta dos serviços de saúde, devendo por isso, qualquer solução, contemplar enfermeiros especialistas em Enfermagem Comunitária, a quem compete a monitorização e rastreio epidemiológico, que face à situação devem ser chamados a integrar as Unidades de Saúde Pública.
A OE entende que a situação epidemiológica em que Portugal se encontra exige também que o Governo defina uma estratégia para a enfermagem no país, na qual se contemplem medidas de valorização profissional, com vista à fixação dos mesmos.
Essa estratégia deve ainda, segundo a Ordem dos Enfermeiros incentivar o regresso dos milhares de profissionais que se encontram emigrados, depois de em 2019 mais de quatro mil profissionais, o maior número de sempre, ter solicitado declarações para exercício profissional no estrangeiro.
Portugal contabiliza mais 17 mortos e 1.949 casos de infeção com o novo coronavirus, ultrapassando esta segunda-feira os 100 mil casos desde o início da pandemia de covid-19, indicou esta segunda-feira a Direção-Geral da Saúde (DGS).
De acordo com o último boletim, esta segunda-feira divulgado, desde o início da pandemia, Portugal já contabilizou 101.860 casos confirmados e 2.198 óbitos.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 40 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
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