Tem cerca de 1,5 metros de comprimento por um metro de largura e pesa centenas de quilos. Foi descoberto na praia de Buarcos.
Um osso de baleia presumivelmente com milhares de anos, de acordo com um paleontologista da Universidade de Coimbra (UC), foi esta terça-feira identificado na praia de Buarcos, a norte da cidade da Figueira da Foz.
O osso pélvico, perfeitamente assimétrico, com cerca de 1,5 metros de comprimento por um metro de largura e centenas de quilos de peso, foi descoberto a meio da tarde de hoje na chamada praia da Pedra Grande, por Sílvia Curado, cientista portuguesa radicada nos EUA, que ali passeava acompanhada de familiares, constatou a agência Lusa no local.
"Este é um dos nossos lugares favoritos na Figueira da Foz. Vinha a passear com o meu sobrinho e deparei-me com esta estrutura, que de pedra não seria, porque é demasiado simétrica, aproximei-me e verifiquei que era um osso de um animal de grandes dimensões e cheguei à conclusão que seria um osso pélvico de uma baleia", disse Sílvia Curado, constatação também confirmada, no local, por uma bióloga.
Na sequência da descoberta da cientista, a Lusa contactou Pedro Callapez, paleontólogo do departamento de Ciências da Terra da UC, que, face às imagens da descoberta, nomeadamente da estrutura óssea em causa, antecipou tratar-se de um osso com milhares de anos.
"O que consigo dizer é que, pelas fotografias, o estado de degradação da própria ossada parece de um indivíduo que já não é moderno. É relativamente frequente, na costa da Figueira, a norte do Cabo Mondego, aparecerem antigas areias que estão na plataforma continental, que são areias da altura da última glaciação. São areias já com milhares de anos, às vezes com dezenas de milhares de anos de idade", explicou o investigador.
"E é muito possível que pode ter sido uma ossada de uma baleia -- de um cachalote, eventualmente, teria de se confirmar -- que ficou enterrada há alguns milhares de anos. E é bem possível que durante os temporais tenha havido uma exumação destas ossadas que vieram dar à costa", observou Pedro Callapez.
"Podem ser ossadas mais antigas, com milhares de anos, não são ossadas fósseis, se fosse fóssil teria de ter alguma cimentação e também uma matriz metida nas cavidades, nos ossos e não é, é diferente", acrescentou o especialista.
Pedro Callapez afastou, assim, a hipótese de se tratar de um osso de dinossauro: "É bem diferente disto. Mas estas não deixam de ser ossadas com um aspeto antigo. Quase que me aventurava a dizer que parecem umas ossadas plistocénicas, que, entretanto, deram à costa", adiantou.
O investigador disse ainda que esta pode ser uma peça interessante para vir a ser estudada por especialistas em museologia, nomeadamente no Museu Municipal da Figueira da Foz.
A agência Lusa contactou o capitão do Porto da Figueira da Foz, Salvado Pires, sobre as ossadas encontradas na praia de Buarcos, tendo este responsável acionado meios da Polícia Marítima para o local.
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