Norte-americana de 50 anos do Alabama, tinha sido transplantada com um rim de porco no final de novembro. Agora órgão foi removido.
Terminou para Towana Looney a esperança de conseguir viver graças ao transplante de um rim de porco. A paciente norte-americana concordou com a decisão da equipa médica liderada pelo cirurgião Robert Montgomery para a remoção do órgão. No NYU Langone Hospital, em Nova Iorque, a mulher de 50 anos residente no Alabama referiu que apesar do transplante ter resultado por apenas quatro meses obteve ganhos em termos de qualidade de vida. "Pela primeira vez em nove anos pude desfrutar dos amigos e da família sem ter de planear tudo em torno dos tratamentos de diálise"" referiu. Acrescentou que estava "muito grata (...) apesar do resultado não ter sido o que todos esperavam".
Os quatro meses em que o organismo não rejeitou o rim de porco, representam um tempo recorde neste tipo de transplantes. Esta é uma prática ainda numa fase experimental em que o rim de porco foi geneticamente modificado para não ser incompatível com o corpo de Towana Looney.
O órgão desempenhou as suas funções durante um período recorde de 130 dias. Até à data, nenhum doente tinha conseguido sobreviver mais de dois meses após um transplante deste tipo.
Apesar dos resultados iniciais encorajadores, "no início de abril, a função renal diminuiu devido a uma rejeição aguda", declarou o cirurgião Robert Montgomery no comunicado. "A causa deste episódio de rejeição, após um longo período de estabilidade, está a ser investigada, mas seguiu-se a uma redução da terapia imunossupressora para tratar uma infeção não relacionada com o rim de porco", explicou.
O objetivo deste tratamento é inibir a atividade do sistema imunitário para evitar que este ataque o órgão transplantado e provoque a sua rejeição, enfraquecendo assim a capacidade de resposta do organismo a ameaças externas. A decisão de retirar o órgão foi tomada pela paciente e pelos seus médicos para preservar uma "possibilidade futura de transplante para ela", acrescentou Montgomery.
A americana doou um dos seus rins à mãe em 1999, mas em 2016 o único rim que lhe restava entrou em falência durante a gravidez. Esteve em diálise durante oito anos. Na impossibilidade de encontrar um dador compatível, foi autorizada a receber um rim geneticamente modificado à medida que a sua saúde se deteriorava.
Transplantes anteriores de órgãos de animais
A medicina realiza os primeiros passos com resultados esperançosos no transplantes de órgãos de animais . A 7 de janeiro de 2022, a Universidade de Maryland, nos Estados Unidos efetuou o primeiro transplante de um coração de porco. O homem com 57 anos viria a morrer dois meses depois a 9 de março.
Por sua vez, a equipa médica que operou Towana Looney realizou o primeiro transplante de um rim de porco em setembro de 2021. O organismo do paciente que estava em morte cerebral rejeitou o órgão ao fim de dois meses.
SAIBA MAIS
Transplante pioneiro
A 7 de janeiro de 2022, a Universidade de Maryland, nos Estados Unidos efetuou o primeiro transplante de um coração de porco. O homem com 57 anos viria a morrer dois meses depois a 9 de março.
Primeira intervenção em 2021
A equipa médica que operou Towana Looney realizou o primeiro transplante de um rim de porco em setembro de 2021. O organismo do paciente que estava em morte cerebral rejeitou o órgão ao fim de dois meses.
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