A edição de hoje
Estado comparticipa tratamento por doente.
O ministro da Saúde, Paulo Macedo, recusou esta sexta-feira revelar quanto é que o Estado vai gastar na compra dos dois remédios (Sovaldi e Harvoni) para tratar a hepatite C, que podem salvar 13 mil doentes. O acordo custou "dezenas de milhões de euros", resumiu, alegando a "confidencialidade" exigida pela empresa Gilead para baixar o preço.
O custo de cada tratamento rondará os 20 mil euros (menos de metade do preço que era cobrado, 42 mil euros). "Este é o melhor acordo conseguido na Europa e vamos tratar 13 mil doentes", afirmou o ministro. A fatura poderá ascender a 260 milhões.
Medicamentos este mês
O acordo é inédito pois paga-se "por doente tratado" e não pela compra de medicamentos. O Sofosbuvir tem uma taxa de cura de 95%. Os restantes 5% de doentes que não responderem ao tratamento receberão uma terapêutica adicional, suportada pela Gilead. Significa que se atingirá uma taxa de cura de 100%. "É o caminho para a eliminação da hepatite C no País", referiu Macedo.
Os medicamentos vão começar a ser disponibilizados este mês. O ministério pediu aos hospitais o levantamento do número de doentes em tratamento. Ao CM, fontes do setor afirmam que o SNS só tem capacidade para tratar "3 mil a 5 mil doentes" nos dois anos que dura o acordo.
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