"A cidade que nós queremos nos próximos mandatos é uma cidade mais amiga das crianças, mais segura para as crianças pedalarem", disse a organizadora do evento.
A Kidical Mass, movimento internacional em defesa do espaço público, volta a sair à rua de bicicleta no sábado à tarde, no Grande Porto, para reivindicar ruas mais seguras para crianças e jovens, apelo reforçado em tempo de eleições.
"Será nas quatro cidades: Gondomar, Gaia, Matosinhos e Porto. São também quatro percursos, mas todos se encontram, no final, no jardim do Passeio Alegre", no Porto, disse à Lusa Ana Guerra, da organização da Kidical Mass, esperando este ano "ter mais pessoas, precisamente por ser um ano eleitoral" em que as questões locais estão em cima da mesa.
As partidas estão marcadas, no Porto, às 14h15 na Praça da República e 15h00 na Casa da Música, em Vila Nova de Gaia às 14h15 na Praceta Salvador Caetano (General Torres), em Gondomar às 14h30 na Casa Branca de Gramido e, em Matosinhos, às 14h30 na Câmara Municipal, seguindo depois os grupos rumo ao Passeio Alegre, na Foz do Douro.
"A cidade que nós queremos nos próximos mandatos é uma cidade mais amiga das crianças, mais segura para as crianças pedalarem e andarem com autonomia", disse a organizadora do evento.
A Kidical Mass começa a assentar raízes também nalgumas comunidades escolares, já que Ana Guerra relata que "há muita vontade dos pais de que as crianças possam pedalar para a escola, não tenham de ir de carro e possam fazer mais atividade física".
"No entanto, as ruas ainda não são seguras. Então, não é muito fácil para os pais tomarem essa decisão. Nós precisamos, realmente, do apoio das Câmaras para concretizar um projeto maior, para que possa ter mais adesão na cidade inteira, não só no Porto mas na Área Metropolitana", diz à Lusa, explicando que também é este o motivo pelo qual se realiza a Kidical Mass.
Também Vera Diogo, presidente da MUBi - Associação pela Mobilidade Urbana em Bicicleta, observa que "há cada vez mais famílias a perceberem isto, a juntarem-se e a experimentarem ir de bicicleta com os filhos para a escola", mas "ainda não há é muita sensibilidade da parte dos decisores políticos".
Ana Guerra vinca que todos, quer condutores quer ciclistas, "têm o mesmo objetivo, (...) que é menos trânsito", algo que "só acontece quando houver menos carros", e só haverá menos carros "quando mais pessoas adotarem outros meios de transporte", reivindicando ainda uma redução da velocidade máxima permitida nas cidades, para reduzir a mortalidade.
"A redução da velocidade é uma medida que deveria ter sido implementada ontem, mas eu espero que seja implementada amanhã ou assim que haja um novo governo [nas cidades], porque nós precisamos de limite de 30 km/h, porque a taxa de mortalidade é muito menor a 30 km/h".
No Porto, observa Ana Guerra, "há pouca fiscalização", por exemplo, no "estacionamento clandestino, que é um problema generalizado", e o excesso de velocidade continuará enquanto houver "ruas que parecem pistas de corrida".
"Precisamos de mudar o desenho das ruas para tornar o excesso de velocidade quase impossível. Isso é feito com mais árvores, com ruas mais estreitas", e também "com mais espaço para vias cicláveis, com passeios mais largos" e, no fundo, "com uma distribuição melhor para todos os meios de transporte".
Já Vera Diogo observa que estas questões hoje em dia são "um tema, e só há alguns anos é que a mobilidade começou a ser mais tema de campanha".
A dirigente associativa recorda que "há mais de cinco anos isso não acontecia assim tanto, e nas últimas eleições autárquicas aqui no Porto foi um tema quente, e este ano também está a ser um tema importante", notando ainda "recetividade da parte dos partidos", que se têm reunido com a associação.
"No entanto, se vai haver depois concretização ou não, não sabemos. Ver para crer, porque também houve recetividade noutras alturas e depois as coisas não melhoraram como deviam ter melhorado. Pelo contrário, até houve reversões nesta cidade", alerta.
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