Medida deve-se ao perigo de deslizamento de terras, disse o presidente da Câmara local.
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Vinte e seis pessoas do lugar de Frades, na freguesia de Portela, em Arcos de Valdevez, foram esta sexta-feira retiradas "por prevenção e salvaguarda da comunidade", face ao perigo de deslizamento de terras, disse o presidente da Câmara local.
Trata-se do mesmo lugar do distrito de Viana do Castelo onde há 19 anos uma tromba de água matou quatro pessoas.
De acordo o autarca social-democrata, responsável pela proteção civil municipal, a decisão foi tomada cerca das 16:00, "face à chuva que tem caído nas últimas horas e à previsão de mais pluviosidade" prevista para os próximos dias.
João Manuel Esteves disse ter ainda consultado os investigadores da Universidade do Minho, responsáveis pelo estudo "Risco de Movimento de Vertente", realizado para aquele lugar.
O autarca adiantou que os 26 habitantes daquele lugar, "maioritariamente idosos", ficarão realojados num edifício municipal e em residenciais do concelho, sendo que "o regresso a casa só acontecerá quando estiverem reunidas todas as condições de segurança".
Contactado pela Lusa, o comandante dos bombeiros voluntários de Arcos de Valdevez, Filipe Guimarães, disse que a retirada "das pessoas teve início às 17h17", sendo que um dos habitantes "encontra-se acamado".
Em dezembro de 2000, uma intempérie desalojou oito famílias de Arcos de Valdevez. Na freguesia de Portela, a tragédia aconteceu quando terra, lamas e pedregulhos, alguns com mais de uma tonelada, caíram pela encosta, de uma altura de cerca de 100 metros, e se abateram sobre o lugar de Frades, destruindo completamente duas casas e causando sérios danos em mais três.
No lugar de Cestães, freguesia de Sabadim, quatro famílias tiveram de ser retiradas face à iminência de as suas casas ficarem soterradas.
A passagem da depressão Elsa, em deslocação de norte para sul, provocou em Portugal dois mortos, um desaparecido e deixou perto de 80 pessoas desalojadas, registando-se entre quarta-feira e as 12h00 desta sexta-feira cerca de 7.000 ocorrências, na sua maioria inundações e quedas de árvore.
Num balanço feito ao início da tarde, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) referiu que os distritos mais afetados são Porto, Viseu, Aveiro, Coimbra, Braga e Lisboa.
Segundo a Proteção Civil, até às 20:00 deverá verificar-se um agravamento do estado do tempo, sendo depois expectável que a situação comece a estabilizar.
O mau tempo provocou também danos na rede elétrica, afetando a distribuição de energia a milhares de pessoas, em especial na região Centro.
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) tem esta sexta-feira sob aviso laranja (o segundo mais grave) 12 distritos de Portugal continental e a costa norte da Madeira devido sobretudo à agitação marítima. Leiria, Santarém e Portalegre estão sob aviso laranja também devido às previsões de precipitação forte durante a tarde.
O IPMA alertou para os efeitos de uma nova depressão, denominada Fabien, que atingirá Portugal no sábado, em especial o Norte e o Centro, estando previstos intensos períodos de chuva e vento forte de sudoeste, com rajadas que podem atingir 90 km/hora no litoral norte e centro e 120 km/hora nas terras altas.
Segundo o IPMA, os efeitos da depressão Fabien não deverão ter em Portugal continental a mesma intensidade do que os da tempestade Elsa, prevendo-se uma melhoria gradual do estado do tempo a partir de domingo.
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