Estudo revela que maioria da população só vai ao médico de família por necessidade e são poucos os que fazem exames com regularidade.
A maioria dos portugueses só vai ao médico por necessidade e são poucos os que fazem exames regularmente. Estas são algumas das conclusões do Estudo Nacional de Saúde 2025 - Estado da Saúde Geral da População Portuguesa, desenvolvido pela Marktest para a Medicare, que revela que apenas 14,8% dos inquiridos dizem consultar o médico com periodicidade inferior a 6 meses. Mais de dois terços (66,8%) garantem que não vão mais vezes ao médico porque não têm necessidade, sendo que 30% dizem ir ao médico de família pelo menos uma vez por ano.
"É preocupante que a maioria não vá a não ser por necessidade, porque em muitas doenças por vezes não há sintomas e só quando estes são graves, é que há recurso a um especialista", refere ao CM Filipe Pinto, médico e professor convidado da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.
As especialidades mais procuradas são a Medicina Geral (69%), Saúde Oral (41%), Oftalmologia (25%) e Ginecologia (15%). Já a realização de exames de rotina ainda não é um hábito enraizado nos portugueses: 18% só realizam exames de dois em dois ou de 3 em 3 anos, e 13,4% apenas quando se sentem mal. "Muitas doenças são assintomáticas, por isso é importante aderir aos rastreios e não esperar que a doença se manifeste tardiamente", alerta o especialista. No caso da medicina dentária, o cenário é pior: cerca de 60% não foi a uma consulta no último ano. "Deve-se ir de ano a ano, sendo que os fumadores até devem ir de 6 em 6 meses, pois têm maior probabilidade de desenvolver problemas de saúde oral", refere Filipe Pinto. O médico frisa que ir ao dentista "é um investimento na prevenção, para evitar que depois fique mais caro tratar as cáries e outros problemas".
O estudo, constituído por 953 entrevistas, revela ainda que reduzir o stress ou a ansiedade é a principal prioridade de saúde, seguindo-se o aumento de energia, o controlo de peso e a melhoria na alimentação, com destaque para os mais jovens e ativos.
Saúde mental afeta jovens
O Estudo Nacional de Saúde 2025 está dividido em 4 capítulos. O 1º incidiu sobre a Saúde Mental, e revelou que quase 50% dos jovens adultos sofreram sintomas do foro mental, como ansiedade, burnout, ataques de pânico ou depressão no último ano. Cerca de 3 em cada 10 sentiram necessidade de procurar ajuda médica. "Muitas pessoas, nomeadamente os mais jovens, estão mais sensibilizados para os problemas da saúde mental", afirma Filipe Pinto.
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