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Portugueses juntam-se a oração de cardeais católicos pela saúde do Papa

Oração será presidida pelo secretário de Estado, Pietro Parolin.

24 de fevereiro de 2025 às 17:17

A portuguesa Lisete Lagoa prevê estar esta segunda-feira na Praça de São Pedro, Roma, para se juntar na oração dos cardeais residentes na capital italiana pela saúde do Papa, internado, em estado crítico, com uma pneumonia.

Entre os peregrinos internacionais em Roma a informação de que os cardeais residentes na Cúria vão juntar-se esta segunda-feira na oração do Rosário correu rápido, disse a peregrina à Lusa.

"Vamos estar lá todos, a rezar pelo Papa", afirmou Lisete Lagoa, referindo-se ao grupo de 22 peregrinos que vieram da Diocese de Vila Real à capital da fé católica. Os cardeais residentes na cidade, "com todos os colaboradores da Cúria Romana e da Diocese de Roma, recolhendo os sentimentos do povo de Deus, reunir-se-ão na Praça de S. Pedro às 21h00, para a recitação do Santo Rosário pela saúde do Santo Padre", refere o Vaticano.

A oração será presidida pelo secretário de Estado, Pietro Parolin. O padre João Costa é o guia de um grupo já habituado a este tipo de peregrinações, muitas delas a pé.

De sandálias, indiferente à chuva e do frio que se faz sentir, ouvia a explicação histórica da Igreja de Santo António dos Portugueses, um espaço do século XVIII, histórico destino de acolhimento dos peregrinos nacionais que procuravam Roma.

Para o sacerdote, Francisco é a "imagem do bom pastor de que a Igreja precisava", promovendo uma "abertura a todas as pessoas, venham de onde vierem". Com ele, "todas as pessoas se sentem acolhidas" e "não existem dentro ou fora da Igreja, porque tudo é Igreja", explicou.

Lisete Lagoa concretizou: "A abertura dele tem sido maravilhosa, com este Papa, não há temas tabus, como a homossexualidade". Pela primeira vez em Roma, uma cidade que viu "mais limpa e organizada do que esperava", a empresária de 43 anos considerou que a Igreja precisa de símbolos como Francisco. Manuel Correia integra o grupo e disse que as orações de todos têm estado com Francisco.

"O Papa tem sido um homem muito, muito importante" e "é uma pena muito grande que se concretize o epílogo da sua morte", afirmou. O grupo tinha prevista uma audiência papal, na quarta-feira, algo que não vai suceder, devido ao estado de saúde de Francisco.

"Se o Papa sobreviver, esse será um mal menor", porque "o que é importante é que ela resista bem" à doença, acrescentou Manuel Correia. Depois da oração de hoje, o grupo parte para Assis, para continuar a peregrinação que é feita, em parte, caminhando.  "Andar é também uma forma de rezar", resumiu João Costa. 

Esta a noite foi mais calma para Francisco, segundo os serviços de imprensa. "Passou bem a noite, dormiu e está a repousar", declarou o Vaticano num breve comunicado.

No domingo, o Vaticano disse que o Papa continua em estado crítico no hospital Gemelli, em Roma, e que alguns exames de sangue indicavam uma insuficiência renal leve, mas sob controlo.

O Papa, de 88 anos, foi hospitalizado no dia 14 de fevereiro, na sequência de uma pneumonia nos dois pulmões e teve uma crise respiratória na sexta-feira, agravando o seu estado de saúde.

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