População entre os 10 e os 44 anos está vacinada, mas apresenta uma quebra na imunidade.
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Os portugueses estão mais vulneráveis ao vírus do sarampo. A conclusão é do Inquérito Serológico Nacional (ISN) 2015-2016, promovido pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) em que participaram 4866 pessoas.
"A proporção de indivíduos seropositivos para o vírus sarampo, entre os 10 e os 44 anos, foi menor do que a observada no ISN 2001-2002, não existindo imunidade de grupo nestes grupos etários", lê-se nos resultados do inquérito.
Ao CM, Fernando Almeida, Presidente do INSA, afirmou que "a imunidade de grupo do sarampo não está afetada", explicando que "alguns grupos etários já não tiveram sarampo devido à vacinação e, por isso, o contacto com o vírus é quase inexistente. Logo, é necessário perceber que há populações onde há uma quebra na imunidade de grupo, mas isto não é razão para alarme".
Apesar de todas as crianças entre os 2 e os 9 anos incluídas no inquérito possuírem anticorpos contra a toxina do tétano, 7% entre os 2 e os 4 anos e 2,6% entre os 5 e os 9 anos apresentaram concentração abaixo do valor considerado protetor.
"Estes resultados sugerem que todas as crianças foram vacinadas, no entanto, a vacinação não induziu o desenvolvimento de anticorpos em nível que confira proteção", conclui o inquérito.
Além destas doenças, o estudo engloba a prevalência de Infeções Sexualmente Transmissíveis. O INSA destaca os resultados para uma prevalência de 2,7% de clamídia, que está em consonância com as estimativas europeias.
A seroprevalência (número de casos de infeção numa população) para a sífilis foi de 2,4%, observando-se valores mais elevados nos inquiridos a partir dos 56 anos, que poderão ser explicados pela elevada incidência da doença em Portugal nas décadas de 60 e 70 do século passado.
PORMENORES
Reações do Governo
"Dizer que a imunidade de grupo ao sarampo já não existe em Portugal é uma leitura inadequada e projeta um sentimento de alarme que não é justificado", referiu Adalberto Campos Fernandes, ministro da Saúde. A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, disse encarar o caso "com toda a naturalidade".
Morte por sarampo
Em abril, uma jovem de 17 anos morreu no Hospital Dona Estefânia, em Lisboa, onde estava internada, na sequência de uma pneumonia bilateral provocada pelo sarampo, doença contra a qual não estava vacinada.
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