Sindicato exige que o Ministério da Educação regularize diversas situações verificadas no primeiro dia do ensino à distância.
A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) exigiu esta segunda-feira que o Ministério da Educação regularize diversas situações verificadas no primeiro dia do ensino à distância, como a obrigação de docentes cumprirem o teletrabalho nas próprias escolas.
"Há escolas que estão a impor a presenças dos professores nas suas instalações, sendo nelas que estão obrigados a exercer atividade em regime de teletrabalho", denuncia um ofício da Fenprof enviado ao ministério, no dia em que cerca de 1,2 milhões de alunos do 1.º ao 12.º ano retomaram as atividades letivas através do ensino a distância.
Nesta comunicação dirigida à secretária de Estado da Educação, que inclui situações "reportadas pelos professores que urge regularizar", a estrutura liderada por Mário Nogueira adianta que a obrigação dos docentes cumprirem o teletrabalho nas instalações escolares contraria as normas definidas para o confinamento geral, previstas no estado de emergência, "devendo as escolas serem informadas da ilegalidade desse procedimento".
No mesmo ofício, a Fenprof alerta ainda que diversas escolas, perante os pedidos de professores para a atribuição de equipamentos para trabalharem nos seus domicílios, "apenas cedem à solicitação se o docente permanecer nas suas instalações", o que é "errado e contrário ao espírito da lei" que determina o dever de confinamento.
Além disso, segundo a Fenfprof, em diversas escolas do país está a "impor-se que as sessões síncronas tenham a exata duração das aulas presenciais", contrariando as "orientações nacionais e recomendações internacionais", quando os "níveis de concentração dos alunos em sessões de ensino à distância são distintos" dos do ensino presencial.
"Há exemplos, incluindo ao nível da educação pré-escolar e do primeiro ciclo do ensino básico, que negam toda e qualquer solução sensata e mesmo as recomendações e orientações que têm chegado às escolas", avança.
Nesta carta enviada ao ministério de Tiago Brandão Rodrigues, a federação considera também que se "mantém o problema da falta de apoio a docentes com filhos menores de 12 anos", mesmo nos casos em que se "pretende obrigar os professores a desenvolver a atividade remota na escola".
A Fenprof reitera ainda que devem ser vacinados os professores que se encontram em atividade presencial, caso daqueles que asseguram a educação especial, incluindo intervenção precoce, em serviço nas CPCJ ou que, por inerência de funções, tenham de permanecer nas escolas, assim como os restantes até final do segundo período letivo.
A estrutura representativa dos professores anunciou também a criação de uma plataforma que está a divulgar junto dos docentes para monitorizar a forma como está a ser concretizado o ensino a distância e, na sequência do levantamento que for feito até final desta semana, propor soluções para os problemas identificados.
Os alunos do 1.º ao 12.º ano retomaram hoje as atividades letivas, mas longe das escolas, regressando das férias antecipadas para o já conhecido ensino à distância que marcou o final do ano letivo passado.
No total, são cerca de 1,2 milhões de alunos que voltaram a ser obrigados a trocar, por tempo indefinido, as salas de aula pelas suas casas, quase um ano depois de, em março, o Governo ter encerrado as escolas e implementado o ensino a distância para conter a pandemia de covid-19.
O Ministro da Educação defendeu hoje no Algarve que o ensino presencial deverá regressar assim que possível, dependendo da opinião dos especialistas e começando pelo 1.º ciclo e pré-escolar.
"Sabemos que os alunos do 1.º ciclo e o do jardim-de-infância têm necessariamente mais dificuldade para terem autonomia e acontecer ensino e aprendizagem à distância. Essa é uma decisão a tomar em função das avaliações dos epidemiologistas", afirmou Tiago Brandão Rodrigues.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.