Tinha apenas 30 anos quando foi condenado a prisão perpétua. Ao ser libertado, Peter Sullivan encontrou um novo mundo.
Um homem passou 38 anos injustamente preso pelo assassinato de uma florista de 21 anos, em 1986. No início deste ano, três juízes anularam a condenação após uma amostra de ADN provar que o assassino foi outra pessoa. Depois de passar uma vida numa das prisões mais rigorosas do Reino Unido, Peter Sullivan foi libertado para um mundo muito diferente daquele do qual se recordava.
Após a libertação, em Maio, Sullivan revelou, segundo o Daily Mail, que até uma ida às compras mostra como "tudo mudou", realçando as caixas automáticas que utilizou pela primeira vez.
Tinha apenas 30 anos quando foi condenado a prisão perpétua, em 1987, com um período de cumprimento mínimo de 16 anos.
Peter Sullivan já possui um 'smartphone', pois precisava para marcar uma consulta naquilo que já sabe chamar de aplicação. A primeira interação com os modelos inteligentes de telemóveis foi no autocarro, quando viu toda a gente colada a um pequeno retângulo. Só após ver várias pessoas a encostar o objeto às orelhas é que percebeu que se tratava de um telemóvel.
O homem com agora 68 anos, que passou mais tempo atrás das grades do que em liberdade, também revelou o peso que a vida institucionalizada continua a ter na vida dele. Sullivan realçou que de vez em quando volta para o quarto e senta-se na cama de forma inconsciente, à espera que um guarda prisional o prenda na cela. "Eu estava lá e pensei, 'o que é que estou a fazer?'", recordou Sullivan.
Os pais de Sullivan morreram quando ele ainda estava na prisão. "Dói, porque não estive lá para eles", disse Peter, acrescentando que ainda não foi capaz de visitar a campa da mãe.
Devido ao lapso da justiça, Sullivan tem direito a ser recompensado em 1,3 milhões de libras (cerca de 1,4 milhões de euros). Por enquanto, o homem de 68 anos vive uma vida modesta, enquanto muitos acreditam que Sullivan está prestes a tornar-se milionário.
"Não há um número que se possa dizer que seja suficiente para [compensar] perder 38 anos da sua vida", disse a advogada de Sullivan, Sarah Myatt.
Em resposta ao erro, a Polícia de Merseyside "lamentou" a situação, mas reiterou que os agentes agiram de acordo com a lei da época. "Foi um erro grave da justiça e obviamente que, como chefe da polícia de Merseyside, não interessa há quanto tempo estou no ativo. Lamento profundamente o impacto [da situação] na vida do Senhor Sullivan", disse o chefe da polícia, Rob Carden.
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