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Gestor operacional passou a presidente-executivo e viu o vencimento crescer de quase 18 mil para 35 mil euros mensais. Verba é mais baixa do que a que era paga a Antonoaldo Neves.
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Alexandra Vieira Reis, que era diretora da empresa e que subiu a administradora, também quase dobra o vencimento, passando de 14 mil euros mensais para 25 mil euros. Quanto a Esmeralda Dourado, que é administradora não executiva, a economista deixou de receber salário, uma vez que optou pela reforma. Também José Silva Rodrigues entrou na administração, mas não é remunerado.O atual conselho de administração da TAP recebe salários no valor mensal de 108 mil euros. A TAP disse ao CM não fazer comentários e o Ministério das Infraestruturas não respondeu. Empresa em dificuldades facilita mudanças laboraisA TAP está, neste momento, classificada como empresa em "situação económica difícil", o que permite um regime excecional, nomeadamente no que diz respeito a acordos com os trabalhadores. A decisão do Conselho de Ministros permite "a alteração de condições de trabalho e a não aplicação ou a suspensão, total ou parcial, das cláusulas dos acordos de empresa ou dos instrumentos de regulamentação coletiva aplicáveis, com estabelecimento do respetivo regime sucedâneo". A decisão surge na sequência do plano de reestruturação que está em apreciação em Bruxelas e que prevê, entre outras medidas, a redução de salários e de aviões. Recorde-se que a companhia registou, até ao final de setembro, prejuízos de 700 milhões, mais 590 milhões de euros do que em igual período de 2019. A TAP foi uma das empresas portuguesas mais afetadas pela pandemia, devido à interdição de aeroportos e às limitações nos voos. Cortes de 30%A administração da TAP também fará cortes de 30% nos vencimentos enquanto estiver em vigor o processo de reestruturação. 970 milhões em 2021No cenário base enviado à Comissão Europeia prevê-se que em 2021 a TAP venha a necessitar de um apoio de 970 milhões de euros. 3,7 mil milhões voam no pior cenárioA TAP pode vir a precisar de 3,725 mil milhões de euros até 2025, de acordo com o cenário mais pessimista que o Governo desenhou no plano de reestruturação. No mínimo, serão 3,4 mil milhões. 2 mil despedimentos de trabalhadoresO plano de reestruturação prevê a saída de duas mil pessoas – 500 pilotos, 750 tripulantes de cabina e 750 trabalhadores de terra. E há 1600 funcionários a prazo que saem em 2021. Corte de 25% acima dos 900 euros/mêsA administração da TAP fixou um corte de 25% nos vencimentos para o valor da remuneração que fica acima dos 900 euros mensais brutos. E vai encolher a frota para apenas 88 aviões no final de 2021. Leão vai a Bruxelas no início deste anoO ministro das Finanças tem já uma reunião agendada para a primeira semana de janeiro, em Bruxelas, para discutir com a Direção-Geral da Concorrência da Comissão Europeia o plano de reestruturação entregue pelo Governo e pela TAP, após as ajudas públicas.
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