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Protesto marca adeus ao SATU

Utentes vão promover petição pelo prolongamento da linha, de acordo com projeto inicial.

01 de junho de 2015 às 18:02

Os 42,4 milhões de euros de prejuízos acumulados em 11 anos ditaram ontem o fim do SATU, que liga Paço de Arcos ao Oeiras Parque, numa distância de 1,2 km. O projeto inicial de 13 km, até ao Cacém, que ligaria a linha ferroviária de Cascais à de Sintra, nunca passou do papel, por falta de vontade política.

Cerca de duas dezenas de pessoas assinalaram ontem o adeus ao SATU com uma concentração. Teresa Soares tem sido uma das dinamizadoras do movimento que defende o prolongamento da linha até ao Cacém: "Podia beneficiar 50 mil pessoas ativas que agora demoram horas em transportes. Recolhemos 700 assinaturas e vamos lançar uma petição pública dirigida ao Parlamento e ao Presidente da República", adiantou ao CM

A maioria dos utentes que protestaram eram idosos residentes na Tapada do Mocho, que serão penalizados com o fim do comboio ecológico. Comprando 20 bilhetes, pagavam 55 cêntimos por viagem no SATU. O autocarro custa 1,20 € e não vai até à parte antiga de Paço de Arcos.

"Esta noite há uma procissão, e muitas pessoas, principalmente mais idosas, já estão aflitas porque não sabem como vão voltar a casa", explicou Teresa Soares.

A Câmara Municipal de Oeiras está a estudar alternativas, mas não há ainda nada de concreto. Maria José Capela, também ativa neste processo, diz que "o desinteresse dos políticos" determinou o fim da linha para o SATU. Os trabalhadores do SATU pertencem a uma empresa subcontratada e desconhecem qual será o seu destino.

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