Entre 2013/14 e 2019/20, a PSP desenvolveu mais de 17.600 ações de sensibilização.
A PSP alertou hoje para a necessidade de maior atenção aos comportamentos de ciberbullying, que passaram a ter uma maior expressão por causa do distanciamento social exigido pelo combate à pandemia.
Num comunicado distribuído quando se assinala o Dia Mundial do Combate ao Bullying, a PSP lembra que os comportamentos de 'bullying' interferem de forma negativa e têm grande impacto no seu crescimento físico, emocional e psicológico dos jovens e sublinha a importância de denunciar estes casos.
Segundo a nota, no passado ano letivo, no âmbito do Programa Escola Segura, a PSP registou 900 ofensas corporais e cerca de 600 injúrias e ameaças.
Entre 2013/14 e 2019/20, a PSP desenvolveu mais de 17.600 ações de sensibilização para os problemas de bullying e ciberbullying, abrangendo 426.644 alunos, indica a polícia.
A PSP recorda que os agentes afetos ao policiamento de proximidade da Escola Segura estão "sempre presentes e disponíveis para receberem denúncias, aconselharem e apoiarem inicialmente as vítimas e as respetivas famílias" e apela a todos os que tenham conhecimento deste tipo de comportamentos de violência física e psicológica para os denunciarem.
"Apelamos ainda a qualquer pessoa que tenha conhecimento desta prática, ainda que não seja interveniente na situação, a denunciar toda e qualquer ocorrência deste tipo à PSP, não permitindo que o comportamento do bullie continue e se alastre", refere a nota.
No dia que serve de alerta internacional para o problema do bullying, a PSP sublinha que, associado ao recurso às novas tecnologias, nomeadamente as redes sociais, este problema "tem assumido novos contornos, deixando de lado a vertente física da provocação, ameaça, intimidação e agressão, dando origem à novel vertente virtual, o ciberbullying".
Segundo o Fundo de Emergência Internacional das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), uma em cada três crianças do mundo, entre os 13 e os 15 anos, é vítima de bullying na escola regularmente, sendo este um dos contextos em que o bullying mais se faz sentir.
"Este tipo de vitimização poderá ocorrer durante bastante tempo até ser notado e ou denunciado, uma vez que é suscetível de ocorrer de forma dissimulada ou ser desvalorizada", frisa a PSP, lembrando que estes comportamentos contribuem "de forma significativa para a erosão do sentimento de segurança, especialmente entre a comunidade escolar" e que são uma das prioridades no âmbito da prevenção criminal.
As ações desenvolvidas pela PSP pretendem informar e sensibilizar a comunidade discente e docente para este fenómeno, visando aumentar o conhecimento sobre o bullying, aumentar o sentimento de intolerância e de rejeição para com estas práticas e a confiança nas capacidades da polícia e dos demais parceiros neste contexto para intervir e lidar com o problema.
Pretendem ainda chamar a atenção dos pais, educadores e outras testemunhas, aumentando a confiança na denúncia aos polícias da Escola Segura para resolver o problema.
"Ao longo destes últimos anos letivos, os registos de agressões físicas neste contexto têm mantido uma tendência constante de decréscimo, embora contrabalançada por uma subida sustentada das injúrias e ameaças", refere a PSP.
Contudo, a PSP considera que "as vítimas e a comunidade reagem de forma mais antecipada em relação a este fenómeno, havendo menos situações que chegam ao ponto da agressão física sem conhecimento e intervenção das instituições".
A PSP aconselha pais, professores e assistentes operacionais a estarem atentos a sintomas como perturbações/alterações alimentares e do sono, automutilação, tentativas ou ameaças de suicídio, ao aparecimento de cortes, arranhões ou hematomas, situações de isolamento e/ou timidez e ou ansiedade e/ou depressão, além de resultados académicos mais fracos e da recursa em ir à escola.
Nestes casos, a PSP aconselha a pedir à vítima para contar o que passou, quando, onde e quem esteve envolvido, encaminhar o aluno para acompanhamento psicológico se necessário e ajudá-lo a criar algumas estratégias para reagir, sem chorar ou mostrar transtorno, mas ignorando quem o intimida.
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