Variante Delta deve sobrepor-se nas próximas semanas.
Lisboa e Vale do Tejo pode ultrapassar 240 casos de infeção com o novo coronavírus por 100 mil habitantes em 15 dias e a variante Delta deve sobrepor-se nas próximas semanas, refere a análise de risco da pandemia.
"O Rt (índice de transmissibilidade do vírus) apresenta valores superiores a 1 ao nível nacional (1,14) e em todas as regiões de saúde, sugerindo uma tendência crescente. Esta tendência crescente é mais acentuada na região de Lisboa e Vale do Tejo, que apresenta um Rt de 1,20", adianta o relatório das "linhas vermelhas" da pandemia de covid-19 divulgado esta sexta-feira.
Segundo o documento da Direção-Geral da Saúde (DGS) e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), mantendo-se este ritmo de crescimento de infeções, o tempo para atingir a taxa de incidência acumulada a 14 dias de 120 casos por 100 mil habitantes será inferior a 15 dias a nível nacional e no Algarve.
A região Lisboa e Vale do Tejo "poderá ultrapassar o limiar da incidência acumulada a 14 dias de 240 casos por 100 mil habitantes em menos de 15 dias", referem as autoridades de saúde, que estimam que, nas próximas semanas, a variante Delta, associada à Índia, "se possa sobrepor à Alpha, a estirpe associada ao Reino Unido e que foi a dominante em Portugal em maio.
"Até 16 de junho, foram identificados 157 casos da linhagem Delta (mais 65 novos casos desde o último relatório). Existe transmissão comunitária desta variante, mais evidente na região de Lisboa e Vale do Tejo", avança o relatório da DGS e do INSA.
Os dados adiantam ainda que o número diário de pessoas de covid-19 internadas em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) no continente revelou uma tendência crescente, correspondendo a 36% do valor crítico definido de 245 camas ocupadas, acima dos 29% registados na semana anterior.
Na quarta-feira, estavam 88 doentes internados em UCI, a maioria do grupo etário entre os 50 e os 59 anos, com a região de Lisboa e Vale do Tejo a representar 65% do total de internamentos em cuidados intensivos por covid-19.
No que se refere aos testes, a proporção de positivos aumentou de 1,3% para 2,3% no espaço de uma semana, mas mantém-se abaixo do limiar definido de 4%, adianta o relatório.
Na última semana, registou-se ainda um decréscimo do número de testes para deteção do vírus SARS-CoV-2, com um total de 287.212 despistes em todo o país, menos 9.094 do que os 296.306 testes efetuados nos sete dias anteriores, tendo-se verificado um aumento em Lisboa e Vale do Tejo.
"Dado o aumento na frequência da variante Delta, provavelmente com maior transmissibilidade, o intervalo de tempo esperado entre o aumento do número de infeções e o número de internamentos em UCI, a tendência crescente dos vários indicadores a nível nacional, e a sua aproximação aos limiares "linhas vermelhas", impõem ainda maior atenção à evolução dos indicadores de incidência, virológicos e de impacte", adianta o relatório.
O documento pede ainda atenção para o "aumento do nível de preparação dos recursos a nível regional e sub-regional para o controlo e mitigação da epidemia em Portugal, em especial na população não vacinada ou sem esquema vacinal completo".
Em Portugal, morreram 17.061 pessoas dos 862.926 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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