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Relação confirma despejo da República da Praça

Estudantes têm um mês para sair da casa situada em Coimbra.

06 de maio de 2015 às 12:32

O Tribunal da Relação de Coimbra confirmou o despejo da República da Praça, indeferindo o recurso feito pelos estudantes, informaram esta quarta-feira os repúblicos, que têm um mês para sair da casa.

Os estudantes da República da Praça deverão sair dentro de um mês da casa que é república desde 1996, após decisão da Relação, que confirma o despejo já determinado pelo Tribunal de Coimbra, em fevereiro, favorável à ação movida pelos senhorios, informou João Rato, residente naquela casa há três anos.

Os senhorios avançaram com um pedido de despejo, por reclamarem o pagamento da renda atualizada, valor rejeitado pelos repúblicos, que continuaram a pagar a renda antiga e que consideravam que a assinatura de um novo contrato levaria "ao fim da república", permitindo que, no fim do regime de transição, o senhorio possa alugar a casa a outras pessoas.

Os repúblicos já tentaram comprar o apartamento "por um valor justo", mas a proposta foi sempre rejeitada. Termina agora um processo longo de conflitos entre o senhorio e os estudantes, marcado por outras ações de despejo, que não tiveram este fim.

Maioria das repúblicas pode fechar até 2018

A Associação de Repúblicas de Coimbra, apresentada publicamente esta quarta-feira, alertou que com o Novo Regime de Arrendamento Urbano (NRAU) 19 das 25 repúblicas existentes podem fechar portas até 2018.

Das 25 repúblicas existentes, seis são propriedade delas próprias ou da Universidade de Coimbra ou da Câmara, "mas as outras 19 estão em perigo", alertou Luís Ferreira, membro da associação, recordando que a República 5 de Outubro já fechou em 2013, a República da Praça viu agora o Tribunal da Relação confirmar o despejo, quatro casas estão à venda e as restantes, ao estarem num regime de transição que termina passados cinco anos após a celebração de um novo contrato, estão em risco de acabar.

"2018 ditará o futuro das repúblicas", disse, durante a apresentação da Associação das Repúblicas de Coimbra, considerando que o NRAU facilita o despejo e não salvaguarda as repúblicas.

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