Concelho do Porto registou, no sábado, em menos de duas horas, 150 pedidos de ajuda por causa das inundações.
O projeto da Linha Rosa da Metro do Porto prevê que um 'braço' do rio da Vila corra por cima e por baixo da ligação entre a atual e a futura estação de São Bento, fazendo um 'S' invertido.
O rio da Vila, curso subterrâneo de águas pluviais no Porto que correu à superfície no sábado, é alimentado por vários 'braços', uns vindos da zona da Avenida dos Aliados (cujo novo túnel de desvio já está a ser construído), e outros das ruas de Sá da Bandeira, 31 de Janeiro e da Madeira, existindo também um curso de águas pluviais proveniente da Rua do Loureiro.
É nesta confluência que se estão a desenvolver os trabalhos da construção da nova estação de metro de São Bento, no âmbito da empreitada da Linha Rosa, que contará também com as estações Hospital Santo António, Galiza e Casa da Música.
A nova estação de São Bento ligará à atual (da Linha Amarela, D) através de um túnel pedonal com inclinação de 5%, segundo os documentos do projeto de execução de outubro de 2019, consultados pela Lusa.
Os desenhos e o Relatório de Conformidade Ambiental do Projeto de Execução (RECAPE), de fevereiro de 2020, mantêm o desenho das condutas bem como as passagens pluviais, consultou também a Lusa.
A memória descritiva e justificativa do projeto esclarece que na passagem entre as duas estações de metro "há uma interferência com o traçado de desvio da galeria do rio da Vila, que cruza, por baixo, a galeria pedonal", e outra interferência "com o traçado de uma outra galeria pluvial proveniente da Rua do Loureiro, que por essa razão é parcialmente integrada na sua cobertura".
A opção tomada "permite simultaneamente o cruzamento da galeria do rio da Vila sob o acesso (um pouco acima do nível do cais da estação) e a inserção do troço da galeria proveniente da Rua do Loureiro sobre a cobertura do acesso", refere o texto.
Será ainda necessário integrar a galeria pluvial vinda da Rua do Loureiro "na laje de cobertura daquela estação [de metro atual], reduzindo localmente a sua espessura -- que passa de 1.0m para cerca de 0.4m."
Segundo os desenhos do projeto, a galeria do rio da Vila vinda de Sá da Bandeira irá rumo à entrada da estação de comboios de São Bento junto à Rua da Madeira, fazendo aí uma curva de cerca de 90 graus em direção à Praça Almeida Garrett, onde passará por debaixo da passagem pedonal, efetuando nova viragem de cerca de 90 graus em direção à conduta atual da Rua Mouzinho da Silveira, completando assim um 'S' invertido.
A nova estação, desenhada pelos arquitetos Álvaro Siza e Eduardo Souto Moura, terá entradas na Rua dos Clérigos, no Largo dos Lóios, na Praça da Liberdade, na Praça Almeida Garrett e junto à Rua da Madeira, reconcebendo a função do antigo túnel pedonal dos Congregados, passagem inferior que esteve ativa entre 1964 e o início do século XXI.
Está também previsto um espaço de "memória do Rio da Vila", segundo o relatório base do RECAPE.
O concelho do Porto registou, no sábado, em menos de duas horas, 150 pedidos de ajuda por causa das inundações em habitações e vias públicas, principalmente na baixa da cidade, disse naquele dia à Lusa fonte da Proteção Civil local.
O vice-presidente da Câmara do Porto, Filipe Araújo, disse que a Metro do Porto já estava, antes de sábado, a intervir num dos 'braços' do rio da Vila, através de uma estrutura nova que está agora em avaliação.
"Foi introduzida uma nova estrutura hidráulica lá [em] que, de facto, o curso do rio de Vila deixou de seguir o caminho livre que lá tinha, passou a encontrar uma estrutura", explicou.
A Metro do Porto pediu ao LNEC um estudo sobre as condições das obras na baixa, na sequência das enxurradas de sábado, com o objetivo de "perceber se há algum impacto da obra" em ocorrências como as sucedidas e se há alguma forma de melhorar, caso seja possível.
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