Especialistas apontam falha na esterilização dos materiais.
Seis doentes insuficientes renais que estavam a fazer tratamento de hemodiálise na clínica Diaverum, em Lisboa, foram infetados com o vírus da hepatite C. O caso foi conhecido pelos responsáveis da unidade em outubro após a realização de análises aos doentes. A situação foi reportada à Direção-Geral da Saúde (DGS) e, após uma vistoria no dia 5 de novembro, a atividade foi suspensa durante 24 horas.
Ao CM, o diretor-geral da Saúde, Francisco George, invocou "dever deontológico" para recusar identificar a origem do problema. "Sei, mas não posso dizer", argumentou. Segundo Francisco George, foi efetuada uma primeira vistoria, a 5 de novembro, e determinada a suspensão da atividade da clínica por um período de 24 horas.
"Foram implementadas as medidas e os tratamentos foram retomados em segurança", referiu o diretor-geral da Saúde, sem referir que medidas foram tomadas.
Ao CM, César Silva, diretor da Diaverum, afirmou "desconhecer" a origem da infeção do vírus da hepatite C. "Não sabemos como isto foi possível, porque fazemos análises regulares aos nossos doentes", disse. Segundo o gestor, foram detetados três casos de infeção e, após análises a todos os doentes, confirmaram-se mais três casos.
Especialistas ouvidos pelo CM admitem como provável o contágio de um doente infetado através de uma falha na esterilização de algum componente utilizado no tratamento, dado que nem todo o material é descartável. O ministro da Saúde, Leal da Costa, lembrou que "há um risco que não é zero de poder haver a transmissão de vírus como o da hepatite C através da hemodiálise".
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