Três alunos da EB 2, 3 Paulo da Gama, no Seixal, foram ontem internados por reações alérgicas à lagarta do pinheiro. Os problemas surgiram numa sala de aula, no dia seguinte à intervenção urgente de uma empresa especializada em controlo de pragas. Os pais temem que a situação se repita e pedem o encerramento da escola até se encontrar uma solução final para a praga. A direção da escola não prestou qualquer esclarecimento.

Um rapaz, de 13 anos, e uma rapariga, de 14, foram assistidos no Hospital Garcia de Orta, em Almada. Um outro foi levado para o centro de saúde. "O meu filho foi levado de ambulância, com falta de ar provocada pelo contacto com a lagarta", contou ao CM Beatriz Nazaré, dando conta que o filho Ricardo esteve cerca de duas horas no hospital: "Está a fazer um tratamento à base de cortisona. Ficou com o braço todo marcado."

Nos próximos dias, garantiu Beatriz Nazaré, Ricardo não vai à escola: "Por indicação médica e porque tenho medo que volte a sofrer nova alergia." O mesmo problema tem Dalila Rosário, mãe de Tatiana, de 14 anos: "Já é a segunda vez que ela tem de receber tratamento devido à alergia provocada pela lagarta. O médico deu-me um documento que relaciona a alergia à lagarta do pinheiro."

Na escola, no dia após a desinfestação, foi possível ver vários exemplares vivos da lagarta junto ao pinheiro intervencionado. Apesar do perímetro de isolamento, os alunos garantem que existem ninhos em vários locais na árvore.

As lagartas do pinheiro libertam milhares de pelos que se espalham pelo ar, provocando reações alérgicas quando em contacto com pele, olhos e vias respiratórias. Em casos extremos podem provocar a morte.