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Sindicato contra “clima de medo” na UTAD

Reitor acusado de vigiar professores garante que acusação não tem “qualquer fundamento” e que as suas palavras foram descontextualizadas.

16 de outubro de 2024 às 16:31

O Sindicato Nacional do Ensino Superior (Snesup) alertou para um "clima de medo" que se vive na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), na sequência de declarações do reitor Emídio Gomes, que admitiu vigiar os professores.

O Snesup garante que devido a esta "cultura do medo e da prepotência", recebe um "elevado número de pedidos de apoio jurídico de docentes e investigadores da UTAD".

Em comunicado, o Snesup pede ao Conselho Geral da UTAD e ao Ministério da Educação, Ciência e Inovação que "repudiem este tipo de práticas não conformes com o estado de direito democrático".

Como o CM noticiou, num discurso proferido no dia 9 o reitor admitiu que "quatro vezes por ano" tem "reuniões com núcleos de curso à porta fechada, e com ‘confidential agreement (acordo de confidencialidade)", nas quais recolhe informações sobre os professores.

"Sei tudo sobre os meus professores", afirmou, num discurso no INOV-Norte, acrescentando: "Sei exatamente o que cada um deles faz, como está, quando faltam às aulas, quando fazem batota com as aulas, quando não põem lá os pés! Sei isto tudo sobre cada um com este cuidado, conheço as debilidades da minha própria instituição, no sentido de a fortalecer".

Confrontado pelo CM, o reitor Emídio Gomes afirmou que se trata de "uma acusação sem qualquer fundamento, a partir de afirmações retiradas do contexto da resposta à pergunta sobre o papel dos estudantes na avaliação dos docentes e a forma como estes devem ser avaliados."

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