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Sócrates vaiado na António Arroio

Governo fascista é a morte do artista." Foi esta a palavra de ordem mais ouvida ontem na Escola Secundária Artística António Arroio, em Lisboa, onde o primeiro-ministro, José Sócrates, a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, e o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, foram recebidos com uma manifestação de protesto. <br/><br/>

23 de maio de 2009 às 00:30

Os alunos queixavam-se das condições de funcionamento da escola e pediam mais material de trabalho em vez das obras de requalificação previstas, no âmbito do contrato ontem assinado e que motivou a presença dos membros do Governo. Houve, contudo, alunos que acusaram os colegas de protestarem 'sem razão'. No final, Sócrates teve de sair por uma porta traseira.

O presidente do conselho executivo, José Paiva, estava indignado com a contestação. 'Foram protestos próprios de jovens certamente mal informados. A escola nunca teve tão boas condições como tem e depois da remodelação vai ficar exemplar', disse ao CM, insinuando que a manifestação não foi espontânea: 'Houve aqui uma expressão juvenil eventualmente trabalhada, não se sabe bem em que termos.' Questionado se houve manipulação dos alunos por parte de forças políticas, retorquiu assim: 'Cabe-vos a vocês [jornalistas] investigar.'

Os contratos de empreitada ontem assinados dizem respeito à requalificação de mais 16 escolas, num investimento de 185,3 milhões de euros. O plano de modernização prevê intervenções em 332 escolas até 2015. Sócrates considerou a crise actual como a mais séria dos últimos 80 anos e reiterou a necessidade de investir como forma de combater o desemprego.

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