Trabalhadores vão também fazer concentrações de protesto e denúncia à entrada dos seus locais de trabalho.
Os trabalhadores da empresa Ambijardim II, que assegura a limpeza de vários serviços públicos, anunciaram esta quarta-feira uma greve nacional para os dias 21 e 22 deste mês para exigir o pagamento imediato dos salários de maio.
Nos dois dias de greve, os trabalhadores vão também fazer concentrações de protesto e denúncia à entrada dos seus locais de trabalho.
Vivalda Silva, coordenadora do Sindicatos dos Trabalhadores de Serviços de Portaria, Vigilância, Limpezas, Domésticas e Atividades Diversas (STAD), disse que esta "não é a primeira vez que os trabalhadores da Ambijardim II têm os salários em atraso, apesar de fazerem a limpeza em importantes empresas e instituições".
Segundo a sindicalista, o STAD tem conhecimento de que a situação de salários em atraso está afetar pelo menos 750 trabalhadores.
"Não temos a certeza se existem mais trabalhadores, a prestar serviço em locais mais pequenos, porque não conseguimos contactar com a Ambiente e Jardim ou Ambijardim II, conforme aparece nos recibos salariais", disse Vivalda Silva.
O STAD já requereu a intervenção da Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) para que este organismo tome medidas contra a Ambijardim II, que "continuamente viola a lei e os direitos dos trabalhadores", nomeadamente ficando com o dinheiro das quotas sindicais.
O sindicato enviou também ofícios a alguns dos clientes a quem a Ambijardim II presta serviço de limpeza, como o Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos, a IP - Infraestruturas de Portugal e a CP - Comboios de Portugal, a solicitar reuniões de emergência para "ouvir de viva voz o que se passa com a Ambijardim II e para relatar a falta de pagamento dos salários dos trabalhadores, que todos os dias fazem o seu trabalho naquelas empresas".
O grupo parlamentar do Bloco de Esquerda tem acompanhado a situação e perguntou hoje ao Governo se tem conhecimento dos salários em atraso na empresa Ambijardim, que limpa vários serviços públicos, e se a vai obrigar a pagar de imediato aos trabalhadores.
Segundo informação do grupo parlamentar, a empresa de prestação de serviços de limpeza e manutenção de espaços verdes Ambiente & Jardim, com sede em Sacavém, tem contratos com organismos do Estado ou com financiamento público, como a CP, IP, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa ou hospitais do Serviço Nacional de Saúde.
Por isso, o BE decidiu enviar duas perguntas à ministra do Trabalho e ao ministro das Infraestruturas relativas à situação de salários em atraso, dado que os trabalhadores desta empresa ainda não receberam a remuneração de maio.
O grupo parlamentar questionou se o Governo tem conhecimento "da situação de salários em atraso que afeta os trabalhadores e as trabalhadoras da limpeza dos comboios da CP e estações ferroviárias da IP, ao serviço da Ambiente & Jardim" e que diligências pondera tomar, "por forma a obrigar a empresa a regularizar imediatamente o pagamento dos salários".
"O Governo tem, pois, particular responsabilidade e dever de atuação sobre esta matéria. Desde logo, porque se trata de um claro abuso patronal, com efeitos devastadores sobre os trabalhadores e as trabalhadoras, tratando-se de uma situação que reclama a imediata ação da Autoridade para as Condições do Trabalho. Mas também porque este incumprimento do pagamento de salários decorre no contexto da execução de um contrato de prestação de serviços com estas entidades públicas, devendo o Governo tomar todas as iniciativas por forma a assegurar que a empresa cumpre a lei laboral e respeita os direitos destes e destas profissionais", considerou o BE no documento enviado aos dois governantes.
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