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Universidade dos Açores diz que sustentabilidade das instituições periféricas está em causa

Universidade dos Açores registou uma taxa de colocação na primeira fase de acesso ao ensino superior de 66% de alunos face às vagas disponibilizadas.

24 de agosto de 2025 às 15:41

A Universidade dos Açores considerou este domingo que as alterações às regras de acesso ao ensino superior colocam em causa a sustentabilidade de instituições situadas em zonas periféricas, como os Açores e a Madeira, e reforçam a desigualdade.

Na sequência dos resultados da primeira fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior este domingo conhecidos, a academia açoriana registou uma taxa de colocação de 66%. A instituição refere assim que estes territórios "acabaram por ser particularmente penalizados pelas alterações nas regras de acesso ao ensino superior, contrariando a tendência de crescimento registada nos últimos anos".

De acordo com uma nota imprensa da academia, as "alterações introduzidas pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior --- a obrigatoriedade de um número maior de provas de ingresso e o aumento do peso dos exames na média final de candidatura --- criaram um cenário mais excludente e desfavorável para muitos estudantes, indo ao arrepio dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)".

Para a Universidade dos Açores, as novas regras "colocam cada vez mais em causa a sustentabilidade de instituições de ensino superior situadas em contextos periféricos", sendo "suscetível de agravar o risco de despovoamento estudantil e de reforçar a desigualdade e centralização do ensino superior e de fazer perigar os desígnios de elevador social da educação".

A Universidade dos Açores registou uma taxa de colocação na primeira fase de acesso ao ensino superior de 66% de alunos face às vagas disponibilizadas.

Candidataram-se à Universidade dos Açores 1.622 estudantes para 650 vagas, tendo ficado colocados 421 candidatos, o que representa uma taxa de colocação de 66% face às vagas disponibilizadas.

Dos 421 colocados, 96% escolheu a Universidade dos Açores como primeira opção, sendo que dos 421 colocados, 330 são estudantes de todo o arquipélago, com exceção do Corvo, segundo a nota de imprensa da instituição de ensino.

A Escola Superior de Saúde "preencheu a totalidade das vagas" em Angra do Heroísmo e em Ponta Delgada, o mesmo tendo acontecido em mais cinco cursos: ciclo básico de Medicina, Educação Básica, História, Medicina Veterinária e Psicologia.

Os cursos de Gestão e de Estudos Portugueses e Ingleses preencheram, em ambos os casos, 92% das vagas.

O curso de Gestão teve a nota de candidatura mais elevada: 19,43 valores.

O Ciclo Básico de Medicina foi o curso com a nota do último colocado mais elevada (contingente geral) 17,62 valores.

Segundo a Universidade dos Açores, existem 229 vagas sobrantes para a segunda fase nos cursos de Ciências Agrárias, Economia, Estudos Europeus, Informática, Ocean Sciences, Proteção Civil e Gestão de Riscos, e Sociologia, entre outros.

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