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Vaticano ganha 62,2 milhões de euros em 2024 em investimentos e imobiliário

Dados constam do balanço do organismo de administração do património do Vaticano (APSA).

28 de julho de 2025 às 16:56

O Vaticano ganhou 62,2 milhões de euros em 2024, 35% mais que no ano anterior, com investimentos financeiros e imobiliário, com mais de 5.400 imóveis em todo o mundo, foi, esta segunda-feira, divulgado.

Os dados constam do balanço do organismo de administração do património do Vaticano (APSA).

No total, são 4.234 imóveis na Itália, dos quais 92% estão em Roma e arredores, enquanto 1.200 imóveis estão no exterior, incluindo em cidades como Paris, Genebra, Lausanne e Londres.

Os lucros de 62,2 milhões de euros representam 16,3 milhões a mais do que em 2023 e, desses, 38,1 milhões de euros vieram de investimentos, de acordo com o relatório.

O Vaticano ativa esta carteira para "diversificar os investimentos e distribuir o risco", esclarece-se no documento.

A APSA transferiu 46,09 milhões de euros para uso no orçamento geral do Vaticano, como contribuição extraordinária para cobrir as necessidades financeiras e o défice da Cúria Romana, que integra os diferentes organismos que compõem o Governo da Igreja Católica.

"Um dos melhores balanços dos últimos anos", disse à imprensa do Vaticano o arcebispo Giordano Piccinotti, presidente da APSA, que se ocupa da gestão do património económico da Igreja.

De acordo com o balanço das contas do Vaticano de 2023, ainda não publicado oficialmente, o défice operacional foi de 83 milhões de euros, cinco milhões a mais do que no ano anterior, e poderá aumentar nos próximos anos, uma vez que as doações dos fiéis a médio prazo estão a diminuir, avançou o jornal italiano La Repubblica.

Em junho passado, um mês depois da eleição de Leão XIV como novo Papa, a 08 de maio, o Vaticano lançou uma campanha para arrecadar doações para o Óbolo de São Pedro, que financia as obras de caridade do líder da Igreja Católica, perante a queda nas receitas dos últimos anos.

Numa das últimas decisões, o Papa Francisco instituiu uma comissão cuja tarefa específica é incentivar as doações com campanhas especiais para tentar colmatar a redução das contribuições dos fiéis e benfeitores nos últimos anos.

Fundada por Paulo VI em 1967, a APSA administra e gere os bens e os investimentos financeiros do Vaticano, além de fornecer os recursos necessários para a Cúria Romana, o sustento do papa e as atividades da Igreja em geral.

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