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Ventiladores vindos da China parados por falta de uma peça e inspeção

Marta Temido confirma notícia avançada pelo CM e esclarece que equipamentos estão agora a ser sujeitos a testes.

05 de novembro de 2020 às 22:35

São 253 ventiladores, comprados à China, que ainda não foram distribuídos pelos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS), porque aguardavam inspeção, como avançou o CM a 18 de outubro, informação agora admitida por Marta Temido, ouvida no parlamento, no âmbito da discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2021.

A ministra da Saúde admite que só agora os equipamentos estão a ser sujeitos a testes nos Serviços de Utilização Comum dos Hospitais (SUCH), uma vez que foi registada a falta de uma peça nos aparelhos, essa que "não veio de origem e está a escassear no mercado internacional".

Na altura, a informação foi confirmada ao CM pelo próprio Ministério da Saúde: “Estão em processo de verificação e testagem” por parte da Comissão de Acompanhamento de Medicina Intensiva. Os restantes que haviam sido encomendados (713) já foram distribuídos pelas unidades de saúde.

Estes testes são fulcrais para determinar se os aparelhos estão em condições de ser utilizados. Cada um destes equipamentos custou aos cofres do Estado, em média, 18 200 euros. O investimento nestes ventiladores chineses ultrapassou os 17,5 milhões de euros. Ainda assim, mesmo que a inspeção revele que os 253 ventiladores não estão aptos, tal como aconteceu em junho com algumas unidades - o Governo nunca revelou quantos chumbaram nos testes -, as implicações práticas seriam quase nulas. Isto porque o número atual de ventiladores nos hospitais é bastante superior ao de camas nas Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) do SNS. Existem, atualmente, 1855 ventiladores no SNS para 569 camas de Intensivos (já inclui um reforço da capacidade de resposta).Mesmo que o número de camas já tivesse sido reforçado ao máximo, situando-se nas 944 camas, continuariam a sobrar ventiladores. Quase metade.

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