13 mil artistas unidos contra a Inteligência Artificial
Julianne Moore, Kevin Bacon e o Nobel Kazuo Ishiguro estão entre os signatários. Denúncias alertam para uso indevido de conteúdo protegido por direitos autorais.
Os atores Julianne Moore e Kevin Bacon, os músicos Thom Yorke (Radiohead) ou Robert Smith (The Cure), os escritores Joanne Harris e James Patterson, ou o Nobel da Literatura Kazuo Ishiguro são apenas alguns entre os mais de 13 mil artistas das mais variadas áreas criativas, de todo o Mundo, que assinaram uma carta aberta para protestar contra o "uso não licenciado" das suas obras para treinar novos modelos de inteligência artificial (IA).
A missiva, que entretanto chegou às mãos da imprensa norte-americana, expressa as preocupações daqueles que vivem da indústria criativa, por temerem que os conteúdos que produzem estejam a ser utilizados pelas grandes empresas tecnológicas para treinar modelos de IA. Tudo isto sem a sua permissão. "O uso não autorizado de obras criativas para treinar IA generativa é uma ameaça enorme e injusta ao sustento das pessoas por trás dessas obras, e não deveria ser permitido", lê-se no documento.
A petição foi criada pelo compositor britânico e ex-executivo de uma empresa tecnológica Ed Newton-Rex, ele que foi um dos primeiros a denunciar as práticas das empresas de IA generativa, incluindo a sua ex-empregadora, a Stability AI, pelo uso de conteúdo protegido por direitos autorais sem remuneração aos criadores.
Também os principais estúdios de Hollywood têm experimentado o uso de IA para diversos fins, incluindo ‘ressuscitar’ estrelas já desaparecidas e replicar multidões com efeitos digitais para reduzir o número de figurantes. Atores como Pedro Pascal, Jane Fonda e Mark Hamill apoiaram um projeto de lei que limitava o acesso à IA, vetado pelo governador da Califórnia, Gavin Newsom.
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