Celebridades denunciam abusos e preconceitos
Sara Sampaio confessa ter feito coisas que não queria por pressão da indústria.
O último dia foi das celebridades. Pelo palco principal da Web Summit passaram, entre outros nomes sonantes, Caitlyn Jenner, Sara Sampaio e Rosario Dawson, que não se coibiram de mostrar que o ativismo está vivo e se recomenda entre os famosos.
Sara Sampaio denunciou a falta de escrúpulos que vinga na indústria da moda. "Fui levada a fazer coisas que não queria e que muitos dizem que faz parte do negócio, mas não devia", confessou a modelo da Victoria’s Secret, que recentemente acusou uma revista de publicar sem autorização fotografias suas em que aparece nua.
"As agências não deviam enviar modelos para sessões com um fotógrafo que se sabe ser abusador. Todos sabem o que acontece e ninguém faz nada", desabafa, com esperança que a indústria mude com o advento das redes sociais. "As redes sociais não mudaram só a forma como as modelos trabalham, mas também nos deram voz", afirma Sara Sampaio.
A atriz norte-americana Rosario Dawson, que participou com a modelo portuense num painel sobre ativismo, também defende o uso das redes sociais como arma de defesa contra abusos e preconceitos. "Com as redes somos poderosos", disse, garantindo que o ativismo sempre fez parte do seu ADN. "Desde que me meteram um microfone à frente, usei essa oportunidade para falar dos meus heróis", adianta, defendendo a igualdade e os direitos de todos.
Também a transexual Caitlyn Jenner abordou a sua luta pela comunidade LGBT, garantindo que o caminho não é fácil, mas que é preciso falar deste "problema que não tem fronteiras". "O que quero é tornar este problema mais fácil para as próximas gerações", assegura. Até porque "não há nada como acordar, olhar ao espelho, sair à rua e seres quem és".
Marcelo acredita que evento vai ficar em Lisboa até 2020
O Presidente da República subiu ontem ao palco central com Paddy Cosgrave para encerrar a edição deste ano da Web Summit. Marcelo Rebelo de Sousa mostrou vontade de manter o evento em Portugal até 2020. A edição de 2018 está garantida, já com bilhetes à venda, mas as duas seguintes ainda estão em debate.
Marcelo falou logo após a intervenção sobre a crise climática do ex-candidato presidencial norte-americano Al Gore, que revelou estar receoso. "Estou preocupado com alguns políticos. Não com todos, mas com alguns.
Negam a realidade, as alterações climáticas", adiantou. O Chefe de Estado agradeceu ainda o trabalho de Paddy Cosgrave, o apoio do Governo e disse estar orgulhoso dos portugueses: "Parabéns. Não só têm a revolução no vosso ADN, vocês são os transformadores, estão a mudar o Mundo."
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