Cibercafés em Cuba custam mais do que comida
Apesar da criação dos 118 pontos, o acesso à internet continua a ser um luxo só para alguns. Cuba é o país da América Latina com a pior taxa de conexão à Web.
Os primeiros pontos públicos de conexão à internet foram inaugurados, na passada terça-feira, pelo governo cubano. Os 118 cibercafés vieram facilitar o acesso à rede, que até aqui só era possível a partir dos hotéis e dos correios, mas as caras tarifas, continuam a deixar esta realidade distante de muitos.
Os novos pontos de acesso à internet, administrados pela empresa estatal Telecomunicações de Cuba, praticam preços proibitivos para a carteira da maioria da população, visto que aceder uma hora equivale em média ao que um cubano gasta em alimentação por semana.
Nestes cibercafés o preço à hora varia entre os 16 pesos (0.45 euros), no acesso à intranet nacional e os 120 pesos (3,40) euros, por navegar na internet internacional, preços excessivos quando o salário médio nacional ronda os 448 pesos (cerca de 13 euros).
Apesar dos cibercafés terem sido criados pelo governo cubano, a conexão à internet não é livre, há paginas que continuam bloqueadas, como por exemplo a edição electrónica do jornal cubano ‘El Nuevo Herald'.
A janela da internet abriu-se para Cuba, na passada terça-feira, graças a um cabo submarino de fobra óptica, de 1.600 kilómetros, que conecta Cuba à Venezuela e Jamaica.
As limitações ao acesso à internet eram atribuídas pelo governo cubano, ao embargo económico que mantêm com os Estados Unidos.
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