Dona do Facebook restringe interações entre adolescentes e inteligência artificial

Controlos parentais entrão em vigor no início do próximo ano, mas não incluem a IA da Meta.

17 de outubro de 2025 às 14:41
Meta restringe interações entre adolescentes e inteligência artificial Foto: Associated Press
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A Meta, dona de redes sociais como o Facebook, Instagram ou WhatsApp, anunciou esta sexta-feira novas restrições no acesso à inteligência artificial - nomeadamente a introdução de controlos parentais que vão condicionar o acesso de adolescentes a chatbots de IA.

As restrições, contudo, não se estendem ao assistente de IA da própria Meta, que continuará a poder ser utilizado de forma ilimitada. O Meta AI "continuará disponível para oferecer informações úteis e oportunidades educacionais, com proteções padrão adequadas à idade para ajudar a manter os adolescentes seguros", disse a empresa, de acordo com a Associated Press (AP).

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As normas entram em vigor a partir do início de 2026 e prevêm que os pais possam restringir as conversas dos filhos com chatbots específicos ou que proíbam o acesso a todos os chatbots nas plataformas da Meta. Serão ainda informados sobre os conteúdos das conversas dos menores com estas entidades virtuais, ainda que sem terem acesso completo às conversas.

Haverá também uma restrição de idades ao uso de chatbots, que ficam vedados a maiores de 13 anos. Recentemente a empresa tinha já anunciado algo semelhante para o Instagram, restringindo os conteúdos que os jovens podem ver na plataforma apenas a imagens e vídeos apropriados para a idade.

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É a mais recente mudança nas políticas de utilização das redes sociais da empresa, numa altura em que o uso de serviços de inteligência artificial é cada vez mais comum (um estudo recente indicava que mais de metade dos jovens nos EUA conversa regularmente com chatbots). 

Os efeitos destes serviços na saúde mental dos mais novos têm também sido questionados, havendo já vários processos em tribunais norte-americanos alegando que, em casos extremos, poderão ter levado adolescentes ao suicídio.

Associações pelos direitos das crianças já se mostraram céticos, vendo nestas medidas da Meta uma tentativa de impedir que leis mais fortes ao nível governamental venham a ser aplicadas.

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