Facebook deu acesso à Netflix e Airbnb a dados pessoais dos utilizadores

Damian Collins, membro conservador do parlamento, divulgou os documentos na quarta-feira.

05 de dezembro de 2018 às 18:14
Utilizador acede ao Facebook no telemóvel Foto: Reuters
Facebook telemóvel
Empresa de Mark Zuckerberg volta a estar na mira dos reguladores de vários países Foto: Reuters
Facebook Foto: Getty Images

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O Facebook deu a algumas empresas, incluindo a Netflix e Airbnb, acesso especial aos dados de utilizadores em 2015, uma vez que limitou os serviços para a maioria dos outros, de acordo com e-mails da empresa e apresentações divulgadas por um legislador britânico.

As 223 páginas de correspondência, de 2012 a 2015, entre funcionários do Facebook de alto nível, incluindo o fundador e presidente-executivo Mark Zuckerberg, mostram como a empresa debateu a forma como iriam gerar receita vendendo acesso a dados, avança a agência Reuters. A documentação mostra também que a empresa debateu a possibilidade de dar acesso preferencial aos dados a clientes que mais dinheiro gastavam em publicidade.

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Damian Collins, membro conservador do parlamento, deu os documentos ao parlamento britânico na quarta-feira, depois de os exigir em novembro sob ameaça de sanção do Six4Tree. Os documentos foram divulgados pela comissão parlamentar do digital, cultura, media e desporto que está a investigar as práticas da rede social sobre 'fake news', depois de terem sido classificados como confidenciais por um tribunal da Califórnia num processo que envolve outra empresa.

Em sua defesa, o Facebook referiu que a documentação "só mostra parte da história e é apresentada de uma forma que é enganadora, sem dar contexto adicional".

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"Como qualquer negócio, tivemos muitas conversas internas sobre várias formas de como podíamos construir um modelo de negócio sustentável para a nossa plataforma", defende-se a empresa, assegurando, no entanto, que "nunca vendeu" os dados dos utilizadores.

Segundo a Bloomberg, um email de 2013 mostra como Mark Zuckerberg ordenou o bloqueio do acesso do Twitter, através do Vine (partilha de vídeos), à funcionalidade que permite encontrar os amigos do Facebook na rede social do pássaro azul.

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