Comissão Europeia já pediu esclarecimentos à dona do Facebook. CrowdTangle era considerada um recurso “inestimável” numa altura em que se aproximam várias eleições.
Foi com grande surpresa e preocupação que, esta semana, jornalistas, analistas e políticos verificaram que a Meta tinha fechado o CrowdTangle, uma ferramenta considerada “inestimável” para monitorizar desinformação online. Esta sexta-feira, a Comissão Europeia questionou a dona do Facebook e do Instagram acerca desta decisão, ao abrigo da Lei dos Serviços Digitais.
Em comunicado, Bruxelas diz que exigiu que a gigante tecnológica “forneça mais informações sobre as medidas que tomou para cumprir as suas obrigações de dar aos investigadores acesso a dados publicamente acessíveis na interface em linha do Facebook e do Instagram”. O organismo questionou ainda a empresa liderada por Mark Zuckerberg sobre “os seus planos para atualizar as suas funcionalidades de monitorização de eleições e discursos cívicos”, numa altura em que se aproximam importantes eleições nos Estados Unidos, no Brasil e na Austrália.
Para substituir o serviço CrowdTangle, a Meta disponibilizou uma nova ferramentas, a Content Library, que está disponível para as organizações que fazem parte de um programa da Meta para verificação de conteúdo online por terceiros. Contudo, além de não apresentar as mesmas funções que a predecessora, esta nova ferramenta não estará amplamente disponível para organizações jornalísticas.
A Meta terá de fornecer as informações solicitadas até dia 6 de setembro e, com base na avaliação das respostas, a Comissão Europeia determinará a próxima etapa, que poderá incluir medidas provisórias e decisões de incumprimento. Em caso de ausência de resposta, a tecnológica arrisca duras sanções.
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