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Mudanças na Meta geram onda de revolta

Zuckerberg decidiu deixar de usar o programa que deteta notícias falsas nas plataformas do seu grupo.

12 de janeiro de 2025 às 01:30

Desde que Mark Zuckerberg anunciou que a Meta vai deixar de usar o programa de ‘fact-checking’ (que deteta notícias falsas) e que, em vez disso, pretende “apostar na liberdade de expressão”, que as críticas chegam de todo o lado. A começar pela contestação interna: os trabalhadores da Meta - que inclui Facebook, Instagram e Threads - estão preocupados com a perda de credibilidade das redes sociais para as quais trabalham e garantem que a esmagadora maioria está contra as alterações. “Internamente, a Meta está um caos total”, confirmou um funcionário ao site ‘404 Media’. “Todos os comentários estão contra a nova política, exceto os de um chefe que repete os argumentos de Zuckerberg...”, afirmou. “O sentimento geral é de choque e descrença”, acrescentou.

O Observatório Europeu dos Meios de Comunicação Digitais também já se pronunciou sobre o assunto e considera que a decisão da Meta não passa de um “álibi para desviar a atenção do público dos muitos casos de manipulação da informação” que pratica. A organização considera ainda que a decisão tem “motivações políticas” e chega numa altura em que Mark Zuckerberg “quer desviar a atenção do público para a manipulação da informação e interferência estrangeira que, durante anos, causaram estragos nos serviços da sua empresa”. Já a Rede Internacional de Verificação de Factos (constituída por mais de 130 organizações) alerta que o fim do programa de verificação de factos pode causar “danos reais”.

Entretanto, disparou o número de pesquisas sobre como apagar a conta no Facebook ou mudar de rede social - um aumento na ordem dos 5000%.

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