Espanha admite sair da Eurovisão por causa de Israel

Governo defende que não se pode “normalizar a participação de Israel nos fóruns internacionais” e admite que poderão ser “tomadas medidas”. Decisão final “cabe à TVE”.

12 de setembro de 2025 às 01:30
A cantora Melody representou a Espanha na edição deste ano da Eurovisão, com a música ‘Esa Diva’ Foto: Martin Meissner/AP
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Espanha, um dos ‘Big Five’ - países que passam diretamente à final da Eurovisão, sem terem de passar por nenhuma das semifinais (Reino Unido, Alemanha, Espanha, França e Itália) -, poderá falhar o evento no próximo ano. Pela primeira vez, e através do seu ministro da Cultura, o país admite não participar no festival, no qual entra desde 1961, caso Israel não seja expulso. “Não creio que possamos normalizar a participação de Israel nos fóruns internacionais como se nada estivesse a acontecer”, disse Ernest Urtasun na RTVE.

Apesar de reconhecer que a decisão de participar no concurso “cabe à TVE”, a estação pública do país, o governante afirmou que “terão de ser tomadas medidas”. “É uma decisão da RTVE, mas o que posso dizer é que se Israel participar e não o conseguirmos expulsar, então medidas como a que referiu [retirada] terão de ser tomadas”, afirmou.

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Urtasun frisou que eventos como a Eurovisão são “uma certa representação do país” e não é apenas “um artista individual” que participa no concurso. Já em maio, o primeiro-ministro, Pedro Sánchez, tinha defendido a expulsão de Israel da Eurovisão e de outras competições internacionais, tal como aconteceu com a Rússia após invadir a Ucrânia (2022).

De referir ainda que, na semana passada, a Eslovénia anunciou que não participará no Festival Eurovisão da Canção se Israel se mantiver entre os candidatos.

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