A história da vida de Arlinda

Lili Caneças estreou-se, na madrugada de ontem, como apresentadora de um ‘talk show’ a que chamou ‘À Noite com Lili’, a ser emitido no programa ‘Notícias da Quinta’ (TVI).

28 de abril de 2005 às 00:00
A história da vida de Arlinda Foto: Vítor Mota
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Arlinda Mestre foi a sua primeira convidada e, com a frontalidade que a caracteriza, entre risos e lágrimas, a fotógrafa desenrolou o rol de aventuras e desventuras da sua vida, desde as violações até à sua passagem pela prisão.

Na entrevista, a ‘fazendeira’ confessou, de acordo com o ‘site’ do concurso da TVI, alguns aspectos mais íntimos da sua vida: “Fui violada com cinco anos, situação que durou até à adolescência...”. E frisou ainda que o que mais a marcou foi a violência física e psicológica. Em criança, viu o padrasto espancar e violar a mãe, foi obrigada por este a dormir no chão frio, onde andavam os ratos; e, apesar de muito nova, tinha de carregar grades de cerveja.

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Arlinda recordou um episódio que ainda hoje a entristece: “Gostava muito de pão e pedia um pedacinho ao meu padrasto. Ele agarrava em pão duro e dava-me”.

A sua primeira grande paixão foi Fernando Mestre. “A história começou quando ele me pediu em casamento. Disse logo que sim”, adiantou. Depois de uma relação falhada, envolveu-se com Domingos Sequeira e acabou por ser presa.

Depois de ser ilibada, Arlinda andou pelo mundo durante dois anos, até que foi para França, onde se apaixonou pelo estilista Jean- Yves Rénard, de quem tem um filho, Joye, de 15 anos.

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Actualmente, diz-se uma mulher feliz ao lado do actual marido, Alioune, pai do pequeno Seydou, de quatro anos. Conseguiu ultrapassar o sofrimento, as violações, os tempos que passou na prisão. Arlinda é uma fotógrafa de sucesso e frequenta os salões do ‘jet-set’ internacional.

A fase negra da vida de Arlinda e que a levou à prisão está necessariamente ligada a Domingos Sequeira, o “bandido”, segundo ela, por quem se apaixonou e de quem teve um filho. O que aproximou os dois foi, para a fotógrafa, o facto de também ele ter sido violado pelo padrasto. “Foi obrigado a ter relações com a mãe, era um homem muito sofrido”, disse.

A paixão levou-a à prisão, em Faro, sob a acusação de ser a cabecilha de 35 assaltos à mão armada. Na altura, estava grávida e, foi na cadeia que deu à luz Domingos Jr. agora com 19 anos. De Faro passou para Tires, onde viveu dois anos. Mas acabou por ser ilibada.

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Domingos morreu na cadeia. Na altura, falou-se que se tinha imolado. No entanto, esta semana, uma revista publicou declarações da família de Domingos que defendem que o assassinaram e que Arlinda foi a mandante do crime.

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