Acordo quase impossível
O jornalista do ‘Público’ José António Cerejo, e o advogado do primeiro-ministro, Proença de Carvalho, admitiram ontem existir a possibilidade de acordo, no âmbito da acção cível movida pelo profissional da comunicação social contra o então ministro do Ambiente em 2001. O acordo, contudo, é quase uma miragem.
“Admito a hipótese de acordo se o réu, José Sócrates, admitir que se excedeu”, afirmou António Cerejo. Por sua vez, Proença de Carvalho esclarece que só haverá acordo no caso de o jornalista desistir do processo.
O caso remonta a Março de 2001, quando Sócrates, então ministro do Ambiente, escreveu um direito de resposta, intitulado ‘Delírio, Fantasia e Falsidades’, a um artigo de Cerejo. O jornalista considera que o texto lesou a sua dignidade profissional e assegura que ainda hoje é vítima de perseguição. Cerejo, recorde-se, pede uma indemnização de 25 mil euros, enquanto o primeiro-ministro exige 60 mil euros, por ofensas.
Na sessão de ontem foram ouvidos seis jornalistas do ‘Público’, nomeadamente o subdirector Eduardo Dâmaso. O julgamento, com mais três sessões, é retomado quinta-feira.
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