Apoio financeiro à RTP sob suspeita

Em causa está um eventual crime de abuso de poder.

18 de abril de 2018 às 01:30
RTP Foto: David Martins
RTP Foto: Lusa
Custos da nova solução de continuidade para separar emissões da RTP foram repartidos ao longo de dois anos Foto: Paulo Duarte

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O Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Évora realizou esta terça-feira "diligências de busca e apreensão de elementos de prova" na sede da RTP, em Lisboa, e na empresa municipal Águas de Santarém (AdS).

Segundo apurou o CM, na sede da RTP estiveram mais de uma dezena de pessoas, entre os quais técnicos de informática, que ‘visitaram’ vários departamentos da empresa, como a administração, financeiro, produção, controlo de programas e, inclusive, na redação, onde também foram analisados computadores.

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Em causa, segundo o DIAP, está um eventual "crime de abuso de poder". Em investigação estão as circunstâncias em que a AdS "efetuou o pagamento de duas faturas relativas aos custos associados à gravação de um programa de informação da RTP [‘Justiça Cega’, em 2012] em que era comentador" o administrador da AdS Francisco Moita Flores, cargo que assumia dado que era presidente da Câmara de Santarém.

"Fui ouvido há uns meses. Na qualidade de testemunha. Só isso", adianta ao CM Moita Flores, sublinhando que o processo tem origem "numa carta anónima de gente sem escrúpulos, que não olha a meios para atingir o caráter das pessoas". "As buscas vão provar que eu não recebi nada", concluiu.

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Em comunicado, a RTP confirmou as buscas e apreensão de material e assegurou que "está a colaborar com as autoridades".

Até este momento, não existem arguidos constituídos.

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