Cabelo preto foi trunfo-chave para Débora Falabella
Em ‘Sinhá Moça’, que estreia dia 13 no Brasil, a loira Carolina Dieckmann ficou fora do elenco.
O realizador Ricardo Waddington e o guionista Benedito Ruy Barbosa tinham decidido em Novembro passado que a próxima sinhazinha, da nova versão da famosa novela ‘Sinhá Moça’, exibida em 1986, iria ser loirinha e ter olhos verdes. Isto porque Carolina Dieckmann era a actriz então eleita para protagonizar a estória de Walcyr Carrasco, cuja trama se desenrola no século XIX. No entanto, ainda naquele mês, verificou-se uma reviravolta. A actriz, que a partir do próximo dia 13 irá captar a atenção do telespectador brasileiro diariamente às 18 horas, será Débora Falabella, que o público português conhece bem de ‘Senhora do Destino’, exibida pela SIC em 2004-05.
Para Ricardo Waddington, que dirigiu as gravações de ‘Sinhá Moça’, uma produção de época, a actriz Carolina Dieckmann era considerada “perfeita para o papel”, apesar de ser loira, o que não correspondia à figura original da heroína desta narrativa. Embora a actriz tenha anunciado em 8 de Novembro que iria protagonizar a nova versão da novela, ainda nesse mês surgiu a inesperada notícia de que, afinal, a escolhida era Débora Falabella. “Parece que o Benedito queria a Débora Falabella, e Ricardo Waddington, director, me queria, ou seja, havia duas opções”, contou, então, Carolina Dieckmann. Débora acabou por ser a escolhida, tanto mais que Carolina era solicitada para outra produção, ‘Cobras e Lagartos’, novela de João Emanoel Carneiro.
‘Sinhá Moça’, que vai suceder a ‘Alma Gémea’ na Globo e previsivelmente na SIC, tinha como protagonistas na versão original Lucélia Santos e Rubens de Falco. No guião de Benedito Ruy Barbosa, Sinhá Moça e o advogado Rodolfo (Danton Mello) vivem um romance proibido. Ela é filha do Barão de Araruna (Osmar Prado), um velho e autoritário coronel, fervoroso adepto da escravatura. Rodolfo é anti-esclavagista. A adaptação do texto foi feita na nova versão pelas filhas de Barbosa, Edmara e Edilene.
PORTUGAL DEPOIS DO BRASIL
Canal: SIC
Estreia: 2006
Dia: a anunciar
Formato: novela
Autor: Walcyr Carrasco
CARREIRA EM PROGRESSIVA ASCENSÃO
Aos 27 anos e depois de ter feito interpretações marcantes na mini-série ‘JK’, em ‘A Dona da História’ e ‘Senhora do Destino’, Débora Falabella regressa às novelas da Globo. Já vai longe a sua participação em ‘Malhação’ (1995), o alforge da Globo de novos actores, que a tornou notada. O telespectador português mais atento deverá ainda recordar-se de vê-la nas novelas ‘Um Anjo Caiu do Céu’ (SIC, 2001), ‘O Clone’ (SIC, 2001), em que interpretou o papel de Mel Ferraz e, mais recentemente, ‘Um Só Coração’.
Em ‘Senhora do Destino’, exibida pela SIC em horário nobre em 2004-05, a actriz encarnou a figura cativante de Maria Eduarda, filha de um homem muito rico, que entrou em confronto com o pai por este se opor ao casamento com o seu apaixonado, um ‘maître’ de restaurante (Viriato, interpretado por Marcello Antony), filho da abnegada Maria do Carmo.
VANESSA GIÁCOMO PERDEU O PAPEL
Quem não se lembra da tímida e romântica Zuca, protagonista de ‘Cabocla’, exibida na SIC? Pois bem, a actriz Vanessa Giácomo fora pensada antes de Carolina Dieckmann para dar vida à personagem principal da nova versão de ‘Sinhá Moça’. Só à terceira escolha é que a Globo acertou na actriz que sucedeu a Lucélia Santos na versão original.
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