Cinema português: a fuga de uma vida de luxo na luta pelo amor
Nova longa-metragem de Mário Barroso recua até 1918 para contar a vida da revolucionária Maria Adelaide Coelho da Cunha.
Chega na próxima quinta-feira aos cinemas ‘Ordem Moral’. O realizador Mário Barroso (o mesmo de ‘Um Milagre Segundo Salomé’ e ‘Um Amor de Perdição) viajou até 1918 para contar a história de Maria Adelaide Coelho da Cunha (interpretada por Maria de Medeiros), a herdeira e proprietária do ‘Diário de Notícias’, que optou por abandonar o luxo social, cultural e familiar em que vivia para fugir com o motorista, Manuel Claro (João Pedro Mamede), 26 anos mais novo que ela.
As consequências da decisão revolucionária foram surpreendentes, dolorosas e moralmente devastadoras, e é tudo isso que a longa-metragem escrita por Carlos Saboga (‘Mistérios de Lisboa’ e ‘Linhas de Wellington’) revela.
O produtor do filme, Paulo Branco, cofinanciado pela CMTV, mostra-se orgulhoso pela chegada do novo projeto às salas.
"Nos tempos atuais, esta é uma história exemplar", afirma ao CM. "O que nos interessou foi exatamente criar uma personagem única, que representasse a liberdade no século XX, as patentes da sociedade e o amor que vai até ao fim." Ao elenco juntam-se nomes como Albano Jerónimo, Marcelo Urgeghe , João Arrais, Ana Padrão ou Júlia Palha.
Júlia Palha revela paixão pelo grande ecrã e lamenta falta de oportunidades
"São projetos onde temos mais tempo para trabalhar as personagens e, portanto, dar mais de nós. E ao mesmo tempo desconstruímos a imagem padrão de que um ator de novelas é só de novelas", diz.
A atriz lamenta, ainda assim, a falta de oportunidade em Portugal para integrar outros projetos no grande ecrã. "Adoro cinema e quanto mais propostas aparecerem melhor. Só não acontece mais vezes porque o mercado é bastante mais pequeno que o da ficção", explica a jovem atriz.
Discurso direto
Maria de Medeiros, Atriz Como foi para si interpretar a protagonista desta história?
– Como caracteriza a Maria Adelaide da Cunha?
Mário Barroso, Realizador Que balanço faz deste projeto, que marcou o seu regresso à realização passados mais de 10 anos?
– Quais as suas expectativas em relação à recetividade do público?
e vão surpreender.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt