Como as séries lidam com a morte de um protagonista

Os criadores de 'Glee' terão de reescrever a nova temporada após a morte da estrela Cory Monteith, o que não é novidade na história da televisão. Séries como ‘Spartacus' e ‘Dallas' também tiveram o mesmo problema e fizeram-no de diferentes formas.

18 de julho de 2013 às 18:00
séries, Cory Monteith, Glee, Spartacus, Andy Whitfield, Larry Hagman, J.R., Dallas, Dino, Francisco Adam, Morangos com Açucar Foto: Mario Anzuoni/Reuters
Partilhar

Não se sabe como será o futuro da série ‘Glee’ após a morte do ator Cory Monteith, que dava corpo a Finn na série televisiva.

As filmagens da nova temporada arrancam dentro de poucas semanas e os responsáveis pela série terão de reescrever o enredo com menos um protagonista no elenco.

Pub

As soluções deverão passar por uma de duas hipóteses: matar a personagem ou manter a personagem e substituir o ator.

Estes dois cenários são as fórmulas habitualmente usadas pelos criadores de conteúdos televisivos para solucionar um caso trágico que obriga a mudanças drásticas na estrutura de uma série, como se pode constatar em casos recentes.

A SUBSTITUIÇÃO DO HERÓI

Pub

O mais recente exemplo da substituição do protagonista sucedeu em ‘Spartacus’, série criada em 2010, após a primeira temporada ter apresentado ao público o carismático gladiador grego interpretado por Andy Whitfield.

No entanto, o ator teve de abandonar o programa no final da primeira temporada, cujo último episódio foi transmitido em abril de 2010, para lutar contra o cancro. Whitfield acabou por morrer em setembro de 2011, com 39 anos.

A segunda temporada de ‘Spartacus’ estreou em janeiro de 2011 e no papel do herói grego constava o australiano Liam McIntyre que se manteve como protagonista até ao final da série que em Portugal é transmitida pela FOX.

Pub

A MORTE DO VILÃO

No que diz respeito à morte forçada de um personagem, o caso mais mediático diz respeito a Larry Hagman, o ator que interpretava o mítico e intolerável J. R. Ewing na continuação da série ‘Dallas’.

Em 2012, Hagman 'ressuscitou' J.R., 21 anos depois do final da série original.

Pub

O ator protagonizou o magnata do petróleo desde 1978 até 1991, e novamente em 2012, ano em que estreou a continuação de ‘Dallas’. No entanto, em novembro de 2012, após ter concluído a gravação de metade da segunda temporada, Hagman morreu aos 81 anos.

A solução encontrada pelos produtores da série foi matar o personagem. O funeral de um dos vilões com maior notoriedade na história da televisão foi a narrativa principal do oitavo episódio da 2ª temporada de ‘Dallas’, série transmitida pela RTP.

O MEDIÁTICO CASO PORTUGUÊS

Pub

Também em Portugal pudemos observar recentemente o dilema que produtores de televisão têm de enfrentar quando sucedem as tragédias com protagonistas.

Francisco Adam era uma das caras de ‘Morangos com Açúcar’ quando morreu num acidente de automóvel, em 2006, aos 22 anos.

A gravação de novos episódios da série, que foi transmitida na TVI de 2003 a 2012, foi interrompida durante alguns dias e, após retomar, a decisão dos argumentistas em justificar a ausência de um dos seus protagonistas passou por uma viagem abrupta de balão, com os restantes personagens emocionados a despedirem-se de Dino, o papel que Adam encarnava nos ‘Morangos’.

Pub

QUAL O FUTURO DE 'GLEE'?

A quinta temporada da série criada por Ryan Murphy tem estreia marcada para o dia 19 de setembro, nos Estados Unidos, mas a morte de Cory Monteith poderá adiar este prazo. 'Glee' tem sofrido com a perda de espetadores ao longo das temporadas, principalmente nesta última, em que registou os piores resultados de audiência.

Apesar da descida do número de espetadores, no início deste ano o canal FOX, onde é transmitida também nos EUA, assegurou a continuidade da série por mais duas temporadas, até 2015.

Pub

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

Partilhar