Contrato de 'Supernanny' não permite filtros
Portugal é o primeiro país a proibir exposição das famílias no formato.
As regras estabelecidas no contrato que a SIC assinou com a produtora internacional Warner Bros. não permitem que o formato ‘Supernanny’ seja emitido com filtros de imagem ou de som, apurou o CM
Foi este o motivo que levou a estação a cancelar a emissão do programa desta noite. A decisão foi tomada numa reunião que aconteceu na passada sexta-feira, onde marcaram presença alguns dos mais altos responsáveis do canal de Carnaxide - Francisco Pinto Balsemão (presidente não-executivo do Grupo Impresa), Luís Proença (diretor de programas), Ricardo Costa (diretor de informação) e Nuno Conde (diretor de assuntos jurídicos) -, depois de o Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa Oeste ter ordenado o uso de filtros de imagem e de som nas famílias do terceiro episódio.
Esta medida - nunca antes solicitada nos restantes 22 países em que o programa foi emitido - só poderia ser tomada com o consentimento da produtora e obrigaria à realização de novas filmagens, já que as que foram feitas até agora não contemplavam esta possibilidade. Se não respeitasse a ordem, a SIC teria de pagar 15 mil euros por cada dia de atraso no cumprimento da decisão.
A ordem judicial surge na sequência de um pedido do Ministério Público, que interpôs uma ação especial de tutela de personalidade. A decisão final será tomada depois do julgamento, agendado para o dia 15 de fevereiro.
Contacto pelo Correio da Manhã, Francisco Pinto Balsemão não quis falar.
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