Distribuição de jornais no Interior ainda aguarda apoios

A entrega diária de jornais às zonas mais remotas do País está em risco de ser suspensa, devido ao adiamento pelo Governo do lançamento do concurso público internacional de apoio à distribuição de publicações periódicas em zonas de baixa densidade populacional. 

Este domingo, a Vasp, que tem uma rede de oito mil agentes, promoveu em Rio Maior o 1.º Encontro Nacional de Pontos de Venda de Imprensa. “A Vasp, por cada milhão de euros, tem 500 mil de prejuízo e tem vindo a evitar qualquer tipo de corte, mas o que faz sentido em termos de gestão é cortar. Mas imagine-se o que era cortar mil ou dois mil postos de venda. Nunca mais voltavam a abrir”, disse Marco Galinha, presidente do Conselho de Administração da Vasp. O Governo fez-se representar pelo secretário de Estado Adjunto e da Energia, Jean Barroca, que garantiu que “os apoios estão em fase de concretização”, o “compromisso assumido mantém-se”, sem qualquer detalhe.

“Os postos de venda são um elemento essencial de ligação entre as redações e os leitores”, disse Carlos Rodrigues, diretor-geral editorial da Medialivre, destacando que “faz parte de um imperativo categórico da democracia a capacidade de levar a informação a todos os postos de venda do território continental”. Nas zonas “menos povoadas do País” os jornais são fator fundamental do acesso à informação e “uma garantia essencial da coesão nacional e da igualdade de todos os portugueses no acesso à leitura e às notícias”.