Estado vai injetar mais 16 milhões de euros na RTP
Conselho de Opinião tem dúvidas que o Plano para 2019 seja realista e arrasa administração.
O Governo vai injetar mais 16 milhões de euros no capital social da RTP para garantir que o prestador de serviço público de televisão realiza "um programa de investimentos para cumprir a modernização tecnológica" com os meios financeiros que lhe são devidos.
Meios que o Conselho de Opinião (CO) da empresa presume, em parecer, que sejam os 16,29 milhões de euros a que o acionista Estado está obrigado para cumprir regras da UE.
Só que a leitura pelo CO deste item do Plano de Atividades de Investimento e Orçamento (PAIO) elaborado pela administração da RTP para 2019 deixa dúvidas e suspeitas no ar.
O CO - o órgão que representa a sociedade civil na RTP (ou seja, o cidadão acionista contribuinte) - arrasa o plano e não compreende como a equipa liderada por Gonçalo Reis vai fazer a gestão das verbas destinadas à modernização tecnológica da estação.
"Incerteza" e "fragilidades" são as palavras que o CO lê no PAIO da RTP, considerando existirem metas orçamentais com "valores estimados desajustados", usando mesmo expressões como "periclitante desequilíbrio".
O orçamento de 2019 assenta na "frágil" suposta arrecadação de verbas - por antecipação do capital social que deverá receber em 2020 - com a venda das instalações de Ponta Delgada, dos estúdios da Abrunheira e de Pegões e pequenos espaços da RTP em Faro, que poderão não se concretizar.
Além disso, prevê-se um aumento de 4% de custos com a integração de 135 precários no quadro, reposição salarial e descongelamento de antiguidades.
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