Irregularidades fiscais ditam falhanço do negócio de venda do edifício-sede da Impresa
Dona da SIC estava a negociar com fundo imobiliário do BPI, por 37 milhões de euros.
Foi anunciada com estrondo, mas afinal já não se concretiza a venda do edifício-sede da Impresa, em Paço de Arcos, a um fundo imobiliário do BPI, pela quantia de 37 milhões de euros. A notícia do falhanço do negócio foi avançada pelo jornal digital ‘Página Um’, que denunciou a existência de “irregularidades fiscais latentes”, encontradas após “análise feita por uma consultora especializada, contratada pela sociedade gestora do BPI Imofomento – Fundo de Investimento Imobiliário Aberto”.
Segundo a mesma fonte, o problema foi identificado como uma “quebra da cadeia de IVA” em transações anteriores que poderiam vir a penalizar o novo proprietário e o negócio terá sido cancelado mesmo antes de ter sido celebrado qualquer contrato de promessa de compra e venda.
A Impresa tinha anunciado, em junho, que estava em “negociações avançadas” com a BPI – Gestão de Ativos, que gere o fundo BPI Imofomento, para a ‘revenda’ do seu edifício-sede, que posteriormente pretendia arrendar. A operação afigurava-se fundamental para que a empresa dona da SIC e do ‘Expresso’ – que declarou prejuízos de 66,2 milhões de euros em 2024 – conseguisse equilibrar as suas contas. Já em 2025, e apenas no primeiro semestre do ano, o grupo terá registado prejuízos de 5,1 milhões de euros.
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