Impresa tem dívida de 189,1 milhões de euros

Banca pressiona grupo para reduzir endividamento após cancelamento de emissão de dívida.

25 de agosto de 2017 às 09:16
Impresa, lucros, Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, CMVM, Francisco Pinto Balsemão, economia, negócios e finanças, mercado e câmbios Foto: Bruno Colaço/Correio da Manhã
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Francisco Pinto Balsemão Foto: Filipa Couto
Prémio Pessoa, Francisco Pinto Balsemão Foto: Miguel A. Lopes/Lusa

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O Grupo Impresa fechou o primeiro semestre deste ano com uma dívida remunerada líquida de 189,1 milhões de euros, uma subida de 5,9 milhões face a dezembro do ano passado (183,2 milhões).

O relatório e contas mais recente, referente a 2016, indica que, deste valor, cerca de 102 milhões dizem respeito a empréstimos contraídos junto do BPI, que detém também uma participação qualificada na empresa de 3,69%. E foi a elevada exposição do grupo de Francisco Pinto Balsemão ao banco que desde fevereiro é controlado pelos catalães do CaixaBank que levou a um aumento da pressão para que a Impresa se desfaça dos negócios menos rentáveis para libertar capital de forma a acelerar o pagamento da dívida.

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Tal como o CM ontem noticiou, esta pressão - aliada ao facto de ter falhado uma emissão de dívida de 35 milhões em julho último - forçou o grupo dono da SIC e do ‘Expresso’ a anunciar que vai colocar à venda as 13 revistas que detém: ‘Visão’, ‘Caras’, ‘TV Mais’, ‘Courrier Internacional’, ‘Activa’, ‘Exame’, ‘Blitz’, ‘Jornal de Letras’, ‘Caras Decoração’, ‘Exame Informática’, ‘Telenovelas’, ‘Visão Júnior’ e ‘Visão História’.

Acresce o facto de os empréstimos contraídos junto do BPI obrigarem a que a Impreger, através da qual Pinto Balsemão detém 50,31% da Impresa, mantenha uma posição maioritária no grupo de media até 2025. Caso tal não aconteça, o BPI poderá obrigar um novo acionista a renegociar condições ou, no limite, exigir a amortização total da dívida.

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Ao que o CM apurou, a Impresa já está em negociações com três potenciais compradores. O negócio terá de ficar fechado até ao fim do ano. Se não houver acordo, o grupo tem duas hipóteses em cima da mesa: fechar os títulos ou passar a publicá-los apenas em versão digital.

Ontem, as ações da Impresa desvalorizaram 4,95%, para 30,7 cêntimos.

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