LIBERTINAGEM NA CORTE
A polémica série de Carlos Lombardi chega finalmente a Portugal. Um olhar satírico e libertino sobre a independência do Brasil, que ridiculariza a família real portuguesa ao mesmo tempo que oferece aos telespectadores muita nudez e cenas de sexo.
O “Quinto dos Infernos” estreou no Brasil em Janeiro do ano passado e gerou a maior controvérsia entre o público e os historiadores. Em Abril, a obra chega à SIC, para substituir “A Casa das Sete Mulheres”, e promete não deixar ninguém indiferente. A série, de 42 episódios, está longe de ser uma reconstituição fiel dos acontecimentos históricos que marcaram a independência do Brasil. Pelo contrário, trata-se de uma comédia que usa e abusa do erotismo dos seus protagonistas, todos eles bem conhecidos entre nós: Danielle Winnits, Humberto Martins, Luana Piovani, Bruna Lombardi, entre muitos outros.
Escrita por Carlos Lombardi (Uga Uga) e dirigida por Wolf Maya e Alexandre Avancini, “O Quinto dos Infernos” arranca com a fuga da família real para o Brasil, em 1785. O enredo dá um especial destaque à realidade político-social da época, ao mesmo tempo que critica factos históricos e mostra os contrastes entre a exuberância da nobreza e a sua notória ignorância.
Uma das personagens centrais da série é “Chalaça” (Humberto Martins), um aventureiro imoral, mas com um poder incrível graças à sua amizade com “D. Pedro” (Marcos Pasquim). Ele vai envolver-se com a donzela “Manuela” (Danielle Winnits), protagonizando algumas das cenas mais tórridas da obra (mesmo que na altura ainda não existisse silicone...), e também com a manipuladora “Branca” (Bruna Lombardi).
Romance é o que não falta também na vida de “D. Pedro” (Marcos Pasquim), um verdadeiro “playboy” que tem como amantes mais notórias a artista “Naomi” (Carolina Ferraz) e a indomável “Marquesa de Santos” (Luana Piovani).
Apesar do elenco de luxo, “O Quinto dos Infernos” não alcançou o êxito esperado no Brasil, sendo exibida de madrugada. Resta-nos esperar para ver se os portugueses são mais tolerantes...
“Chalaça” (Humberto Martins): Filho bastardo de um nobre e de uma costureira, sobrevive com pequenos golpes. Numa das suas fugas das autoridades, conhece “Manuela”, por quem se apaixona. Ao julgá-la morta, parte para o Brasil com “D. Pedro”, de quem se torna grande amigo.
“Manuela” (Danielle Winnits): Camponesa virgem, foge de casa por causa do assédio do padrasto e conhece “Chalaça”. Quando este a abandona, ela jura vingança e parte para o Brasil à procura dele, onde se torna prostituta.
“D. Pedro” (Marcos Pasquim): Filho mais velho de D. João VI e de Dona Carlota Joaquina, é o herdeiro ao trono de Portugal. Boémio e mulherengo, casa com “Leopoldina” (Erika Evantini), mas tem várias amantes. Ao ficar viúvo, casa com “Amélia”, que consegue despertar a sua paixão.
“D. Miguel” (Caco Ciocler): Filho mais novo de “D. João VI” é muito frágil e tímido. A inveja que tem do irmão fá-lo entrar em confronto com ele.
“D. João VI” (André Mattos): rei de Portugal, não se sente preparado para o cargo e é constantemente manipulado pela mulher.
“Carlota Joaquina” (Betty Lago): Esposa de “D. João” é a vilã da história. O seu objectivo é tomar o poder do marido com a ajuda dos seus inúmeros amantes e do filho “D. Miguel”.
“Dona Maria” (Eva Wilma): Mãe de “D. João”, enlouquece ao perder o marido e o filho. Coloca a corte de pernas para o ar com os seus surtos de loucura.
“Dona Amélia” (Cláudia Abreu): Segunda esposa de “D. Pedro”, tenta afastá-lo de Chalaça e de Domitila, a principal amante do marido.
“Marquês de Marialva” (José Wilker): Nobre sedutor, torna-se amante de “Carlota Joaquina”.
“Branca Camargo” (Bruna Lombardi): Bonita e fria é capaz das maiores artimanhas. É a principal rival de Carlota Joaquina.
“Domitila, a Marquesa de Santos” (Luana Piovani): Linda, sensual e caprichosa, aproveita o seu romance com “D. Pedro” para subir na corte.
“Noemi” (Carolina Ferraz): Uma das amantes de “D. Pedro”, consegue engravidar dele e faz chantagem com a família real.
“Conde dos Arcos” (Lima Duarte): Vice-rei do Brasil, faz questão de expulsar as pessoas de suas casas para que a corte fique bem instalada.
“Dandara” (Thaís Araújo): Escrava sensual e jovem, torna-se numa obsessão para “D. Miguel” e aproveita-se disso para ganhar poder.
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