Manifesto contra privatização da RTP visa "travar processo"
O realizador António Pedro Vasconcelos, um dos responsáveis pelo ‘Manifesto contra a privatização da RTP’, revelou este sábado à agência Lusa que o documento pretende travar "um processo sem sentido e de contornos obscuros". <br/><br/>
O manifesto a favor do serviço público prestado pela empresa foi publicado este sábado no semanário ‘Expresso’, e acompanhado por cerca de 30 apoiantes de várias áreas da sociedade, desde José Jorge Letria, presidente da Sociedade Portuguesa de Autores, o professor universitário Narana Coissoró, o bispo Januário Torgal Ferreira e o economista e ex-ministro Bagão Félix.
Contactado pela Lusa, António Pedro Vasconcelos explicou que foi um dos primeiros subscritores e redactores do documento posto a circular entre diversos contactos, mas que, entretanto, recebeu a adesão de mais trinta apoiantes.
"O objectivo é colocá-lo na Internet já na próxima semana e recolher assinaturas de pessoas que apoiem estas posições em defesa da RTP e do serviço público", indicou.
O passo seguinte, entre outras iniciativas que futuramente poderão ser realizadas, vai ser levar o manifesto à Assembleia da República, porque os responsáveis da iniciativa defendem um debate alargado sobre a empresa pública de televisão.
António Pedro Vasconcelos considera "ridícula" a inclusão da RTP na lista de empresas a privatizar porque "daria um valor irrisório" ao Estado.
"Queremos um debate sério sobre a RTP e o serviço público. Queremos saber exactamente o que o Governo quer fazer", acrescentou, vincando que o documento visa essencialmente "apelar ao bom senso" do Executivo.
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